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Presidente da Petrobras critica antiga política de preço: ‘É igualar-se ao concorrente mais ineficiente’

Segundo Jean-Paul Prates, antigos gestores optaram por deixar as refinarias brasileiras ociosas para privilegiar importadores

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Prates: antiga gestão deixou refinarias ociosas
Prates: antiga gestão deixou refinarias ociosas

O presidente da Petrobras, Jean-Paul Prates, afirmou nesta quarta-feira (16) que, ao praticar o preço de paridade de importação (PPI), a antiga gestão deliberadamente optou por deixar as refinarias brasileiras ociosas para "prezar pela competição e permitir que outros importadores entrem". Ele chamou a antiga política de preço de "a maior estupidez que um país pode praticar sendo autossuficiente em petróleo".

"Igualar-se ao preço do importador é igualar-se ao preço do concorrente mais ineficiente que você tem, contrariamente ao consumidor brasileiro", declarou Prates, durante uma sessão conjunta entre as comissões de Desenvolvimento Regional e de Infraestrutura do Senado.

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A principal finalidade de sua participação no evento foi falar sobre os critérios da nova composição de preços da estatal. O presidente afirmou que o atual modelo usado envolve mais de 40 mil variáveis, que permitem fazer simulações de "qual é o melhor modal, o melhor óleo para colocar na refinaria mais próxima, a quantidade certa para gerar o produto e qual o melhor caminho para chegar a qualquer lugar do país". "A Petrobras tem esse modelo desenvolvido há décadas e ele é para ser usado", disse Prates. 

A nova política de preços da Petrobras começou a valer em maio deste ano e substituiu o PPI (preço de paridade de importação), que era praticado desde 2016 e estipulava os preços com base no custo de importação, considerando o valor de cotação do dólar e o do barril de petróleo.


"A política não deu certo desde o primeiro ano, estava tudo errado. E isso não tem a ver com ideologia, não estou aqui falando como ex-oposição, atual situação. É lógica pura: não deu certo. E não dá certo para nenhum país que seja autossuficiente em petróleo e tenha algum conforto no refino", acrescentou Prates. 

Pelas regras atuais, os preços praticados levam em consideração “o custo alternativo do cliente” e "o valor marginal para a empresa”. Na prática, os preços devem estar no intervalo entre o menor valor praticado pela estatal para garantir lucro e o maior valor que um comprador pode pagar sem precisar procurar outro fornecedor.

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