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Presidente do CNPq e ex-diretor do Inpe demitido por Bolsonaro assume vaga de Boulos na Câmara

Galvão diz que trabalhará em defesa da ciência e terá pautas do meio ambiente como prioridade

Brasília|Do Estadão Conteúdo

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Ricardo Galvão assume como deputado federal, sucedendo Guilherme Boulos.
  • Prioridades incluem defesa da ciência, meio ambiente e educação.
  • Galvão já foi presidente do CNPq e contestou Bolsonaro sobre dados de desmatamento.
  • Defende a repatriação de cientistas e a soberania tecnológica do Brasil.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

"Deixo a presidência do CNPq para defender a ciência no Congresso", afirma Galvão Reprodução/Redes sociais

Presidente do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) desde 20223, Ricardo Galvão (Rede-SP) assumiu o cargo de deputado federal no lugar de Guilherme Boulos (PSOL-SP), que tomou posse como ministro da Secretaria-Geral da Presidência do governo Lula nessa quarta-feira (29).

“Comunico oficialmente que deixo a presidência do CNPq para defender a ciência no Congresso Nacional”, escreveu em publicação no Instagram nesta quinta-feira (30). “A ciência é o caminho, a democracia é o alicerce e a sustentabilidade é o destino.”


Em 2019, à frente do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Galvão contestou críticas do então presidente Jair Bolsonaro (PL) aos dados de desmatamento na Amazônia.

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Na época, Bolsonaro acusou o Inpe de divulgar “números mentirosos”. Galvão defendeu publicamente o trabalho da equipe e afirmou que os dados eram precisos e auditáveis, o que levou à sua exoneração do cargo de diretor do instituto.


Na postagem em que anunciou a chegada ao Congresso, ele disse que “o negacionismo tentou calar a ciência”, mas que “hoje, a ciência brasileira ocupa um lugar na Câmara dos Deputados”.

Agenda prioritária

À reportagem, Galvão afirmou que terá as pautas do meio ambiente, da defesa dos investimentos em ciência e tecnologia e da educação como prioridades. “A pauta principal é a questão climática, a linha de ação da Rede, e razão pela qual entrei na política”, declarou.


Ele mencionou como exemplo de tema de seu interesse uma tentativa de parlamentares de reduzirem o orçamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

Também defendeu a repatriação de cientistas brasileiros para trabalhar no setor industrial nacional e a soberania de tecnologias desenvolvidas, mencionando como exemplo as terras raras, tema que move a atual geopolítica global.


Antes de confirmar que assumiria o cargo, o pesquisador havia se comprometido com “atuar em alguma agenda inacabada” do mandato de Boulos.

Carreira

Nascido em Itajubá (MG), Ricardo Magnus Osório Galvão tem doutorado em Física de Plasmas pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos.

É professor titular aposentado do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), membro da Academia de Ciências do Estado de São Paulo e da Academia Brasileira de Ciências.

Em 2019, ele foi eleito uma das dez pessoas mais importantes para a ciência pela Nature, uma das principais revistas científicas do mundo.

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