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Presidente do Republicanos diz que Bolsonaro 'só atrapalhou' aumento da sigla

Marcos Pereira falou brevemente sobre movimento para trazer mais parlamentares com a janela partidária

Brasília|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

Presidente nacional do Republicanos, o deputado federal Marcos Pereira (SP) afirmou nesta quarta-feira (23) que, até o momento, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), apenas atrapalhou o aumento da bancada nacional da legenda. O partido atualmente conta com 31 deputados federais e um senador.

Na saída da Câmara, o parlamentar falou sobre a situação ao responder a uma pergunta sobre como deve ser o movimento de ida de parlamentares para o partido com a abertura da janela partidária.

Marcos Pereira, presidente do Republicanos
Marcos Pereira, presidente do Republicanos Marcos Pereira, presidente do Republicanos

"Está caminhando bem. Acho que [a bancada] vai ser um pouco maior do que é. Sem a ajuda do presidente, pelo menos por enquanto, porque até agora ele só atrapalhou", disse.

O Republicanos faz parte da base do presidente Bolsonaro, mas tem dado sinais de distanciamento. Bolsonaro se filiou ao PL em 30 de novembro de 2021. O presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, terá como atribuições na pré-campanha dele à reeleição a coordenação dos palanques estaduais.

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Durante o “noivado” de Bolsonaro com o PL, as ligações da sigla com partidos que abrigam rivais do presidente criaram um mal-estar político. Para ter o presidente filiado, a legenda deu carta branca ao chefe do Executivo para decidir quais alianças o PL deve estabelecer neste ano. Com isso, a sigla não apoiará candidatos que sejam adversários de Bolsonaro em qualquer estado.

Bolsonaro já levou para o PL novos quadros, como o senador Flávio Bolsonaro, filho do chefe do Executivo federal, a ex-secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro, o secretário especial da Cultura, Mario Frias, o comandante da Força Nacional de Segurança e marido da deputada federal Carla Zambelli, coronel Aginaldo de Oliveira, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni.

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As novas filiações ao PL ocorrem em meio à tentativa de inflar ainda mais o partido — integrantes avaliam que a legenda pode se tornar a maior da Casa em 2023 com a chegada dos bolsonaristas — e pelo desejo de eleger o maior número de parlamentares, tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado, para sedimentar a base de Bolsonaro no Congresso Nacional, caso o presidente seja reeleito.

Algumas figuras do governo anunciaram filiação ao Republicanos, como o vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), que quer disputar uma cadeira no Senado pelo Rio Grande do Sul. Outros deixaram a sigla, como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente.

Ministro da Casa Civil e grande articulador político do governo, Ciro Nogueira tentou colocar "panos quentes" na situação e afirmou que Marcos Pereira é uma das figuras mais importantes na reeleição do presidente Bolsonaro. “O presidente tem procurado ficar distante da questão de filiação de partidos, deixando o mais livre possível para as pessoas fazerem as suas filiações”, disse, afirmando que o apoio continua firme. Ciro foi à Câmara para evento de filiação de Rosso ao PP e, em seguida, se reuniu com Lira.

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