Alunos fizeram uma manifestação após as afirmações do professor
ReproduçãoO professor de história que chamou as máscaras para proteção contra a Covid-19 de focinheira responde a um processo na corregedoria da Secretaria de Educação do Distrito Federal. O caso aconteceu no Centro de Ensino Médio Elefante Branco e resultou em protestos por parte dos alunos nesta segunda (21).
Além da postura negacionista, estudantes se queixaram que o educador estaria se recusando a passar o conteúdo de forma oral. O grêmio estudantil do colégio postou, em seu perfil no Instagram, uma foto da mensagem que o professor teria escrito no quadro.
A imagem é o print de uma mensagem de Whatsapp que repete os dizeres da foto logo abaixo. “A nossa comunicação será através do quadro, devido à proibição da comunicação oral, como não posso abaixar a focinheira para me comunicar”, teria escrito o educador.
Depois que professor se recusou a explicar o conteúdo, estudantes se articularam
ReproduçãoPor meio de nota, a Secretaria de Educação do DF pediu atenção de todos os professores da rede pública para passar o conteúdo e reverter a defasagem provocada por conta da pandemia de Covid-19.
“A Secretaria de Educação do DF conclama os professores a se concentrarem na recomposição das aprendizagens perdidas durante a pandemia. Este é o foco e a maior prioridade no ano letivo de 2022”, afirma o texto.
Ainda de acordo com a pasta, “o caso específico foi encaminhado à Corregedoria da pasta para apuração”.
O grêmio estudantil também divulgou uma carta de repúdio pela atitude do professor. “Os alunos estão sendo prejudicados em história pois não estão recebendo o conteúdo de forma adequada”, reclamaram os estudantes.
“O professor de história do segundo ano se recusa a passar a explicação oral por ter que usar a máscara, uma das formas de diminuir o contágio da COVID-19, que o mesmo chama de ‘focinheira’”, continua o texto.
Em outro trecho da carta, os membros do grêmio destacaram que o professor estaria passando vídeos de um canal e Youtube com informações equivocadas ou falseadas sobre a história do Brasil.
“Vale ressaltar também que a nossa manifestação não está sendo contra a ideologia do professor, mas contra ele colocar as ideologias pessoais acima do conteúdo referente ao segundo ano”, reclamaram. “É um descaso com os alunos que tal professor continue dando ‘aula’ de história”, protestaram.
A reportagem não conseguiu contato com o professor de história.