Plano de assassinato de autoridades foi entregue impresso a Bolsonaro; ajudante não fez ‘barquinho de papel’
Relator destacou que o plano não se restringia a conversas isoladas de apoiadores, mas previa ações concretas
Brasília|Victoria Lacerda e Rafaela Soares, do R7, em Brasília
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O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou nesta terça-feira (9) que o plano golpista denominado “Punhal Verde-Amarelo”, que previa o assassinato do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do próprio Moraes, foi impresso dentro do Palácio do Planalto e levado ao Palácio da Alvorada, onde se encontrava Jair Bolsonaro.
Segundo o ministro, o documento foi impresso pelo general Mário Fernandes, então secretário adjunto da Secretaria de Governo, no dia 9 de novembro de 2022. Em seguida, Fernandes teria se dirigido ao Alvorada para uma reunião com o então presidente.
“Não é crível, não é razoável, achar que Mário Fernandes imprimiu no Palácio do Planalto, se dirigiu ao Palácio do Alvorada, onde lá estava o presidente, ficou uma hora e seis minutos e fez barquinho de papel com a impressão do Punhal Verde-Amarelo”, declarou Moraes. “É ridicularizar a inteligência do tribunal”.
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O relator destacou que o plano não se restringia a conversas isoladas de apoiadores, mas previa ações concretas, incluindo o uso de armamento pesado de forças especiais do Exército e até a possibilidade de provocar o colapso orgânico de Lula por envenenamento.
“Isso não foi impresso em uma gruta, escondido numa sala de terroristas. Isso foi impresso no Palácio do Planalto, na sede do governo brasileiro, no mesmo momento em que lá se encontrava a Polícia Federal, junto com o presidente Jair Messias Bolsonaro”, disse.
Moraes também alertou para os riscos de normalizar a gravidade do caso. “Não é possível normalizar. O Brasil demorou para atingir sua democracia, para concretizá-la. Tivemos 20 anos de ditadura, torturas, desrespeito à independência do Poder Judiciário e do Poder Legislativo. As pessoas morriam. As pessoas eram mortas. Não é possível normalizar e permitir o retorno a esses momentos obscuros da história que já vivemos.”
O julgamento do núcleo principal da trama golpista está sendo conduzido pela Primeira Turma do STF. A ordem de votação é: Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. A expectativa é que os votos sejam concluídos até quinta-feira (11) e o julgamento até sexta (12).
Perguntas e Respostas
Qual foi o plano golpista mencionado pelo ministro Alexandre de Moraes?
O plano golpista denominado “Punhal Verde-Amarelo” previa o assassinato do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do próprio ministro Alexandre de Moraes.
Onde e por quem o plano foi impresso?
O plano foi impresso dentro do Palácio do Planalto pelo general Mário Fernandes, que era secretário adjunto da Secretaria de Governo, no dia 9 de novembro de 2022.
O que aconteceu após a impressão do documento?
Após a impressão, Mário Fernandes se dirigiu ao Palácio da Alvorada para uma reunião com o então presidente Jair Bolsonaro.
O que o ministro Moraes disse sobre a impressão do plano?
Moraes afirmou que não é razoável acreditar que Mário Fernandes imprimiu o documento e fez “barquinho de papel” com ele durante a reunião no Palácio da Alvorada, considerando isso uma ridicularização da inteligência do tribunal.
O que o relator destacou sobre a gravidade do plano?
O relator destacou que o plano não se restringia a conversas isoladas, mas incluía ações concretas, como o uso de armamento pesado e a possibilidade de envenenamento de Lula.
Onde o plano foi impresso e qual a relevância disso?
O plano foi impresso no Palácio do Planalto, na sede do governo brasileiro, enquanto a Polícia Federal e o presidente Jair Bolsonaro estavam presentes, o que aumenta a gravidade da situação.
O que Moraes alertou sobre a normalização do caso?
Moraes alertou que não é possível normalizar a gravidade do caso, lembrando que o Brasil passou por 20 anos de ditadura e que permitir o retorno a momentos obscuros da história não é aceitável.
Como está sendo conduzido o julgamento do caso?
O julgamento do núcleo principal da trama golpista está sendo conduzido pela Primeira Turma do STF, com a expectativa de que os votos sejam concluídos até quinta-feira (11).
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