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R7 Brasília

Quase 700 mil empregos deixariam de ser gerados sem a desoneração da folha, diz estudo

Publicação foi feita neste ano pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Projeto busca prorrogar desoneração da folha
Projeto busca prorrogar desoneração da folha

Um estudo feito neste ano pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom) mostra que 676.553 mil empregos deixariam de ser gerados caso não houvesse a desoneração da folha de pagamento entre 2018 e 2022. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem sido pressionado pelos 17 setores da economia e por entidades de trabalhadores para sancionar o projeto que prorroga a medida fiscal até 2027. O prazo para sanção ou veto vai até esta quinta-feira (23).

Recentemente, quase 30 representações patronais assinaram um ofício que foi encaminhado ao presidente da República a fim de expor "com maior profundidade os elementos que fundamentam a necessária sanção da medida". Essas áreas, que geram 9,24 milhões de empregos formais diretos no Brasil, argumentam que a política é essencial para a preservação dos postos de trabalho.

Com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), os representantes observam que, em termos de evolução da empregabilidade, os setores desonerados contrataram mais de 1,2 milhão de novos trabalhadores entre 2018 e 2022, o que corresponde a cerca de 15,5% de crescimento. Por outro lado, os setores reonerados contrataram pouco mais de 400 mil novos trabalhadores, o que representa 6,8% de crescimento.

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O que é?

A desoneração substitui a contribuição previdenciária patronal, de 20% sobre a folha de salários, por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. Na prática, esse mecanismo reduz os encargos trabalhistas dos setores desonerados e, assim, estimula a contratação de pessoas em empregos formais diretos.


O objetivo da desoneração é aliviar parcialmente a carga tributária. A medida está em vigor desde 2011, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Quando a concessão entrou em vigor, 56 setores eram contemplados, mas o ex-presidente Michel Temer (MDB) sancionou, em 2018, uma lei que removeu 39 segmentos do regime. A medida valeria até 2021 e foi prorrogada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) até 2023.

Agora, o Congresso Nacional aprovou o projeto de lei que prevê a manutenção do regime fiscal até 2027. No entanto, a proposta está nas mãos de Lula, que pode sancioná-la ou vetá-la. Para isso, as áreas técnicas dos ministérios da Fazenda, do Planejamento e Orçamento e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços prepararam manifestações em torno do tema, que vão subsidiar a posição do petista.

Quais são os setores?

• Confecção e vestuário

• Calçados

• Construção civil

• Call center

• Comunicação

• Construção e obras de infraestrutura

• Couro

• Fabricação de veículos e carroçarias

• Máquinas e equipamentos

• Proteína animal

• Têxtil

• Tecnologia da informação

• Tecnologia da informação e comunicação

• Projeto de circuitos integrados

• Transporte metroferroviário de passageiros

• Transporte rodoviário coletivo

• Transporte rodoviário de cargas

• Empregos e salários

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