Relatório final da CPI deve ser apresentado em 24 de setembro
Senadores e auxiliares têm se reunido nos últimos dias acertando últimos detalhes para finalização do relatório
Brasília|Renata Varandas, da RecordTV, e Isabella Macedo e Sarah Teófilo, do R7, em Brasília
O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, Renan Calheiros (MDB-AL), deve entregar seu relatório final no dia 24 de setembro, um mês e meio antes do prazo final da comissão. Calheiros, que já havia afirmado que seu relatório seria entregue antes dos 90 dias previstos para funcionamento da CPI, vem trabalhando mais intensamente nos detalhes do documento nas últimas semanas.
Durante a semana do 7 de Setembro, o senador e a equipe dedicada à análise dos documentos entregues à comissão intensificaram as reuniões para fechar o relatório, que deve apontar irregularidades em negociações de vacina, disseminação de informações falsas e defesa da tese da “imunização de rebanho” por parte do governo e de seus aliados.
A CPI pode funcionar até os primeiros dias de novembro, mas a cúpula da comissão já prevê o encerramento no fim de setembro. Após a apresentação do relatório de Renan Calheiros, será necessário que ele tenha o voto favorável da maioria dos senadores que integram a comissão. O documento, então, será encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que terá 30 dias para se manifestar sobre possíveis indiciamentos.
Nesta semana, a CPI retoma os trabalhos presenciais com os depoimentos de Marcos Tolentino, advogado próximo ao líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), e Marconny Albernaz de Faria, também advogado. Tolentino é apontado como sócio oculto da empresa Fib Bank, que garantiu o contrato de R$ 1,6 bilhão da Precisa Medicamentos com o governo federal. Já Albernaz é apontado como lobista da Precisa junto ao Ministério da Saúde.