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R7 Brasília

Posição 'equilibrada' do Brasil é 'escudo protetor' dos brasileiros no exterior, diz chanceler

Vieira afirmou ainda que o governo não usa o termo 'terrorismo' porque a posição não é adotada pela maioria dos países da ONU

Brasília|Ana Isabel Mansur e Bruna Lima, do R7, em Brasília

Brasil tem 'compromisso histórico' com os dois lados, diz ministro
Brasil tem 'compromisso histórico' com os dois lados, diz ministro

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quarta-feira (18) que a posição "equilibrada" do Brasil em relação ao conflito entre Israel e a Palestina protege os brasileiros que estão em outros países. O chanceler destacou, ainda, que o Brasil tem um "compromisso histórico" com os dois lados e que o equilíbrio em relação ao tema é um "patrimônio diplomático que transcende governos".

"Essa nossa postura também serve como uma espécie de escudo protetor dos cidadãos brasileiros no exterior que se vejam repentinamente afetados por uma situação de conflito", justificou. O chanceler presta esclarecimentos na Comissão de Relações Exteriores do Senado a convite do presidente do colegiado, o senador Renan Calheiros (MDB-AL).

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Questionado por parlamentares, Vieira justificou o fato de o Brasil não classificar o Hamas como terrorista porque segue o entendimento majoritário dos integrantes do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).

“Como o conselho não considera, o Brasil também não adota, para ter a condição de continuar a falar com os dois lados. Só quatro países adotam essa classificação, e os Estados Unidos é um deles. Há 189 países integrantes da ONU que não adotaram. No momento em que houver uma decisão colegiada sobre isso, o Brasil poderá seguir ou não, em outro momento”, argumentou.


Segundo o ministro, a resolução proposta pelo Brasil — e vetada pelos Estados Unidos nesta quarta-feira — foi feita para acomodar uma linguagem que fosse aceita por todos os países. “Qualquer resolução considerando o Hamas como terrorismo estaria contrária aos dispositivos da ONU e seria vetada”, acrescentou o chanceler.

Vieira também frisou que a decisão de enquadrar o Hamas como grupo terrorista poderia dificultar o diálogo com a Palestina. “Se tivéssemos adotado uma posição desse tipo, não teríamos a facilidade de tratamento que recebemos do lado palestino, por exemplo”, continuou. 

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