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Repatriados de Gaza falam sobre chegada ao Brasil, acolhimento e futuro: 'Vamos aprender português'

26 pessoas seguem para Guarulhos (SP) e duas para Florianópolis (SC), nesta quarta; outras quatro estão com familiares em Brasília

Brasília|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília

26 pessoas vão para SP e duas para SC, nesta quarta
26 pessoas vão para SP e duas para SC, nesta quarta 26 pessoas vão para SP e duas para SC, nesta quarta

Os 32 brasileiros e familiares que chegaram a Brasília na noite dessa segunda-feira (13) receberam nesta terça-feira (14) atendimento médico, vacinas obrigatórias e regularizaram a documentação. Deixar de sentir fome e achar que ia morrer são sentimentos em comum compartilhados pelos repatriados, que também se dizem gratos pelo acolhimento e, no caso de alguns, que querem aprender português.

Das 32 pessoas, que estão no Hotel da Base Aérea, 26 vão seguir nesta quarta (15) para Guarulhos (SP) e dois, para Florianópolis (SC). Os outros quarto já estão na casa de parentes em Brasília.

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A jovem Shahed Al-Banna, de 18 anos, afirma que quer tentar ajudar os brasileiros e familiares que continuam na Faixa de Gaza. "Não vou ficar calma até eles saírem de lá", reforça. Quando questionada sobre o que espera fazer no Brasil, a jovem conta que quer começar uma faculdade.

Eu quero que essa guerra pare logo. Não quero mais crianças e inocentes morrendo todo dia.

(Shahed Al-Banna, brasileira repatriada)

Mohammad Farahat, de 43 anos, é palestino e casado com uma brasileira. Ele, a esposa e as três filhas vieram no avião com os repatriados. Ele conta que a situação em Gaza é "muito traumática". "O tempo todo achávamos que iríamos morrer", diz.

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Farahat afirma que começou a se sentir melhor e em seguraça ao chegar no Brasil. Ele agradeceu ao governo brasileiro pelo apoio na repatriação e no acolhimento ao chegar.

Vamos aprender português para começar a nos integrar na sociedade.

(Mohammad Farahat, palestino casado com uma brasileira)

Os repatriados que seguirão para Guarulhos serão transportados para uma unidade de acolhimento pela Polícia Federal. O abrigo fica a duas horas da cidade, e, no local, eles poderão finalizar os procedimentos de regularização migratória, receber acompanhamento de saúde e se inscrever no Cadastro Único, que é a porta de entrada para os programas sociais do governo federal.

Esse procedimento é uma parceira do ministério com uma entidade especializada na acolhida de imigrantes internacionais, que terá o nome preservado "por questões de segurança, privacidade e delicadeza do momento".

Chegada ao Brasil

Os 32 brasileiros e familiares repatriados da Faixa de Gaza desembarcaram na Base Aérea de Brasília no fim da noite dessa segunda (13) e foram recepcionados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

À bordo da aeronave cedida pela Presidência da República, estavam nove mulheres, seis homens e 17 crianças, sendo duas com quadro de desnutrição, que desembarcaram primeiro e foram levadas para duas ambulâncias.

"Às vezes, a gente passava fome, sede. Muito chocante, muito triste. Eu quero agradecer a todos, ao governo, ao presidente, pela força, pelo apoio", disse Hasan Rabee, um dos repatriados, que viajou com os filhos.

A jovem Shahed Al-Banna, de 18 anos, também agradeceu por ter sido repatriada. "Até agora não consigo acreditar. Achei que ia morrer. Ficamos assustados. Já perdi muitos familiares, amigas, já perdi minha casa. Agora estou muito feliz e emocionada", disse.

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