Rodrigo Pacheco não participará das comemorações dos dois anos do 8 de janeiro em Brasília
Presidente da Câmara dos Deputados também não tem previsão de comparecer às comemorações
Brasília|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília
Em nota oficial divulgada pela Assessoria de Comunicação da Presidência do Senado, foi informado nesta terça-feira (7) que o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, não poderá participar dos eventos programados para a próxima quarta em Brasília, em memória aos dois anos do 8 de Janeiro. O motivo da ausência se deve a uma viagem ao exterior que já estava previamente agendada.
A programação, que visa relembrar os eventos que marcaram o ano de 2023, contará com cerimônias especiais na capital federal. O Senado será representado pelo senador Veneziano Vital do Rêgo, primeiro vice-presidente da Casa, que assumirá a presença do Legislativo nas celebrações.
LEIA TAMBÉM
De acordo com a assessoria, a viagem de Pacheco foi planejada com antecedência, o que impossibilitou a participação nas cerimônias. Apesar da ausência do presidente, o Senado estará representado pelo vice-presidente, o que garante a continuidade da presença institucional nas atividades de recordação desta data significativa.
Em resposta ao R7, a assessoria do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), informou que ele também não tem previsão de comparecer às comemorações. Devido ao recesso parlamentar, Lira segue em Alagoas.
300 condenados e 500 acordos
Na próxima quarta-feira (8), Brasília volta a lembrar das cenas de depredação da Praça dos Três Poderes que aconteceram em 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes destruíram os prédios do STF (Supremo Tribunal Federal), do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto. Até o momento, o STF já condenou 310 pessoas: 229 executores dos atos e 81 na condição de incitadores.
As penas dos executores variam entre 15 anos e 17 anos de prisão. Eles foram punidos pelos crimes de associação criminosa armada, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado.
No caso dos condenados por incentivarem a realização dos atos, as penas foram de 1 ano de prisão, que acabaram substituídas por prestação de serviços comunitários e a presença em um curso sobre democracia.
Ao menos 500 pessoas decidiram fechar acordos com a PGR (Procuradoria-Geral da República) admitindo os crimes e puderam cumprir medidas alternativas à prisão, como pagamento de multa e participação de curso sobre democracia para se livrar do julgamento.
Ao todo, 81 pessoas recusaram o acordo. Além disso, quatro pessoas foram absolvidas. Três delas eram pessoas em situação de rua que acabaram presas no contexto dos atos.