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R7 Brasília

Ronnie Lessa recorre e pede para não ter conversas com advogado monitoradas

Moraes determinou que diálogos do assassino de Marielle Franco em presídio sejam acompanhados

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em BrasíliaOpens in new window

Defesa de Lessa questiona ordem de Moraes

O ex-policial Ronnie Lessa, assassino confesso da vereadora Marielle Franco, recorreu da decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes que determinou o monitoramento de áudio e vídeo das conversas escritas e verbais dele com familiares e advogados na Penitenciária de Tremembé (SP). O ex-policial pede que as conversas com a defesa não sejam acompanhadas.

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“A condição de colaborador por si só demonstra a desnecessidade do monitoramento com a defesa. Não há qualquer indício onde autoria ou participação do advogado nas infrações penais”, diz a defesa de Lessa.

A OAB também questionou o ministro por ordenar o monitoramento. A PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifestou a favor de manter o acompanhamento das conversas de Lessa.

Morte de Marielle Franco

Autor dos disparos que mataram Marielle e o motorista dela, Anderson Gomes, Lessa afirmou em delação premiada que o deputado federal Chiquinho Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro Domingos Brazão e o ex-chefe da Polícia Civil do RJ Rivaldo Barbosa tiveram participação no assassinato. Os três foram presos em março em uma operação da Polícia Federal, com participação da PGR e do Ministério Público do Rio de Janeiro.


De acordo com Lessa, o crime seria uma vingança contra o ex-deputado estadual Marcelo Freixo, para quem Marielle trabalhou como assessora. No início de junho, Moraes autorizou a transferência de Lessa da penitenciária federal de Campo Grande para o Presídio de Tremembé. Além disso, o ministro tirou o sigilo da delação do ex-policial.

No relato, Lessa afirma que se encontrou três vezes com os irmãos Brazão para tratar do assassinato de Marielle. Segundo Lessa, as reuniões duraram cerca de uma hora cada.


O último encontro foi depois do assassinato, em abril de 2018. Os suspeitos estavam preocupados com a repercussão do caso. Lessa diz que eles foram tranquilizados pelos irmãos Brazão, que afirmaram que podiam contar com a atuação de Rivaldo, que à época do crime chefiava a Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Lessa disse, ainda, que Marielle era uma “pedra no caminho” dos irmãos Brazão. “Foi feita a proposta, a Marielle foi colocada como uma pedra no caminho. O Domingos, por exemplo, não tem ‘papas na língua’”, afirmou Lessa aos investigadores. Além disso, de acordo com o policial, o plano para matar Marielle teve início em setembro de 2017.

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