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Rosa Weber se despede do Supremo e é aplaudida de pé pelos ministros da Corte

A magistrada afirmou que o STF é o pilar da democracia no país; ela faz 75 anos em outubro, data-limite para a aposentadoria

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

Rosa Weber fará 75 anos em outubro
Rosa Weber fará 75 anos em outubro Rosa Weber fará 75 anos em outubro

Em discurso de despedida, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, afirmou que a Corte é o pilar da democracia no país. Durante a sessão, Weber chorou e foi aplaudida de pé pelos demais ministros. A magistrada faz 75 anos em outubro, data-limite para a aposentadoria. O ministro Luís Roberto Barroso toma posse na presidência do STF nesta quinta-feira (28).

"Observados os nossos ritos e liturgias, a cada ciclo que se encerra, mexem-se as peças no tabuleiro, mas a instituição sobrepaira, em evolução e aperfeiçoamento constante. Esse ciclo que ora termina, embora mais breve que de costume, fluiu entre primaveras e com enorme intensidade. Há 20 anos, ao assumir a presidência do TRT-RS, o meu tribunal de origem, para o biênio 2001-2003, eu já invocava os versos amazônicos", disse ela. 

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Um dos maiores desafios enfrentados pela ministra na presidência do STF foi o dia 8 de janeiro, quando a praça dos Três Poderes foi atacada em atos extremistas. Ela classificou a data como um "dia sombrio".

"A resistência e a resiliência ficaram estampadas na travessia da praça dos Três Poderes. Todos nós, simbolicamente de mãos dadas, desviando das pedras, dos cacos de vidro, dos cartuchos, inabalada restou a nossa democracia, repetirei sempre, como inabalada continua simbolizada neste plenário. Ficou a advertência: cabe a todos e cada um de nós a defesa intransigente da democracia, pelo aperfeiçoamento das instituições democráticas, no combate aos discursos de ódio e avanço civilizatório", afirmou. 

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Mais cedo, a ministra entregou aos magistrados um relatório que apresenta o balanço da gestão, a campanha #democraciainabalada, após os ataques do 8 de Janeiro, além de julgamentos de relevância e ações de concretização dos valores democráticos.

O documento mostra que, em consequência dos atos extremistas do dia 8 de janeiro, o acervo de ações penais em tramitação na Corte aumentou quase 68 vezes. Enquanto na data da posse da ministra Rosa Weber na presidência do STF havia apenas 17 ações penais em tramitação, 1.299 foram registradas até 8 de setembro deste ano.

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