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Saiba como atuava cada indiciado por suposta tentativa de golpe, segundo a PF

Mais cedo, o ministro do STF Alexandre de Moraes enviou à PGR (Procuradoria-Geral da República) o relatório

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em BrasíliaOpens in new window

Mauro Cid terá que esclarecer contradições em novo depoimento ao STF nesta quinta (21)

A PF (Polícia Federal) listou os núcleos de atuação do grupo que tinha um suposto plano de tentativa de golpe de Estado e enviou o documento ao ministro Alexandre de Moraes. O grupo também tinha como objetivo operacionalizar medidas para desacreditar o processo eleitoral e abolição do Estado Democrático de Direito, para manutenção e permanência de seu grupo no poder.

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Mais cedo, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes enviou à PGR (Procuradoria-Geral da República) o relatório do inquérito que investiga um suposto golpe de Estado. O ministro tirou o sigilo do documento. A PGR deve avaliar se denuncia ou não o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 36 indiciados pelo suposto plano em fevereiro de 2025. Na ocasião, a PGR poderá arquivar o caso, apresentar denúncia ou pedir mais investigações.

Conforme a PF, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro Mauro Cid atuava em várias frentes. “O militar fazia parte da produção, divulgação e amplificação de notícias falsas quanto a lisura das eleições presidenciais de 2022 para estimular seguidores a permanecerem na frente de quartéis e instalações, das Forças Armadas, no intuito de criar o ambiente propício para o Golpe de Estado”, diz a corporação.

O ex-ministro General Braga Netto ficava no núcleo que atuava para eleger alvos para amplificação de ataques pessoais contra militares em posição de comando que resistiam às investigadas golpistas. “Os ataques eram realizados a partir da difusão em múltiplos canais e por influenciadores em posição de autoridade perante a ‘audiência militar’”, aponta a PF.


Filipe Garcia Martins, ex-assessor especial para assuntos internacionais de Bolsonaro, e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres são apontados de atuarem no assessoramento e elaboração de minutas de decretos com fundamentação jurídica e doutrinária que atendessem aos interesses golpistas do grupo investigado.

O quarto núcleo, de apoio às ações mostra que a partir da coordenação e interlocução com Mauro Cid, outros envolvidos atuavam em reuniões de planejamento e execução de medidas no sentido de manter as manifestações em frente aos quartéis militares, incluindo a mobilização, logística e financiamento de militares das forças especiais em Brasília.


Outra parte atuava na coleta de dados e informações que pudessem auxiliar a tomada de decisões do então presidente Jair Bolsonaro na consumação do golpe de Estado. Nesta, consta a atuação do general Augusto Heleno e Mauro Cid.

“Monitoramento do itinerário, deslocamento e localização do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e de possíveis outras autoridades da República com objetivo de captura e detenção quando da assinatura do decreto de Golpe de Estado”, afirma a PF.


Em outra frente, a corporação diz que Walter Braga Netto e outros usavam da influência e utilizavam-se da alta patente militar que detinham para influenciar e incitar apoio aos demais núcleos de atuação por meio do endosso de ações e medidas a serem adotadas para consumação do Golpe de Estado.

Indiciamento de Bolsonaro pela PF

Na semana passada, a Polícia Federal decidiu indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado após o resultado das eleições presidenciais de 2022. O relatório final da investigação policial foi enviado ao STF.

Além de Bolsonaro, 36 pessoas foram indiciadas. Entre elas, estão os ex-ministros Augusto Heleno e Walter Braga Netto, e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Bolsonaro se manifestou pelas redes sociais sobre o caso. “Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, escreveu.

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