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Saiba como funciona teste que detecta metanol feito por pesquisador da USP

Trabalho foi desenvolvido em parceria com a Polícia Científica de MG

Brasília|Joice Gonçalves, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Pesquisador da USP desenvolve teste para detectar metanol em bebidas alcoólicas.
  • A pesquisa visa combater a falsificação de bebidas, analisando a autenticidade de uísques.
  • O método utiliza cromatografia em fase gasosa e espectrometria de massas para identificar adulterações.
  • Objetivo é facilitar a fiscalização e prevenir surtos de intoxicação por bebidas adulteradas.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Bebidas alcoólicas podem ser falsificadas Seo_Seungwon/Reprodução-Pixabay

Um teste desenvolvido por um pesquisador da USP (Universidade de São Paulo), em colaboração com cientistas e peritos criminais, pode se tornar uma ferramenta importante no combate à falsificação de bebidas alcoólicas e na detecção de metanol, substância altamente tóxica que provocou intoxicações no Brasil.

A pesquisa, feita no mestrado do cientista Vítor Luiz Caleffo Piva Bigão, teve como foco a análise da autenticidade de uísques. O trabalho começou com a proposta de estudar adulterações em bebidas de alto valor agregado, como os destilados, devido ao crescimento no número de casos de fraude.


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Segundo Bigão, cada processo produtivo deixa uma “assinatura química” no uísque. Quando há adulteração, essa assinatura se perde. Para verificar isso, ele desenvolveu protocolos baseados em cromatografia em fase gasosa acoplada à espectrometria de massas, técnica capaz de separar e identificar os compostos presentes na bebida. O método se concentra em dois pontos principais:

• o teor de etanol, que pode estar fora das especificações legais em bebidas falsificadas;


• o perfil de compostos voláteis, como o metanol, cuja alteração é um forte indicativo de fraude.

“Nosso objetivo foi criar protocolos que gerem evidências confiáveis em casos de suspeita de fraude”, explicou Bigão.


A pesquisa contou com a colaboração do professor Bruno Spinosa De Martinis, orientador do projeto, e de outros pesquisadores, além do perito criminal Pablo Alves Marinho, da Polícia Civil Técnico-Científica de Minas Gerais.

Luce Costa/Arte R7 Luce Costa/Arte R7

Contribuição para fiscalização

A expectativa é que os métodos desenvolvidos possam ser aplicados em larga escala por agências reguladoras, a polícia científica e laboratórios oficiais, como os ligados ao Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária). Isso permitiria identificar rapidamente bebidas adulteradas e prevenir intoxicações em massa.


“Esse tipo de pesquisa pode embasar políticas públicas e oferecer ferramentas mais eficazes de fiscalização”, destacou o pesquisador.

Para que o método seja incorporado ao dia a dia das operações de fiscalização, no entanto, ainda são necessários equipamentos especializados e profissionais treinados.

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