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Sem acordo, COP30 divide discussão de temas em 2 partes e prolonga horário de trabalho

Negociadores trabalharão ‘madrugada adentro’; resultados do primeiro grupo devem ser apresentados até quarta e segundo etapa deve sair na sexta

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, enviada especial a Belém

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A COP30 divide a discussão em dois pacotes devido à falta de acordo entre os países.
  • Negociadores poderão trabalhar até madrugada para tentar alcançar um consenso.
  • O primeiro pacote aborda tópicos principais, como financiamento a nações em desenvolvimento e falhas nas metas climáticas.
  • Resultados do primeiro bloco devem ser apresentados até quarta-feira, e o segundo até sexta-feira.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Presidente e secretária-executiva da COP comunicaram decisão à imprensa Antonio Scorza/COP30 - 17.11.2025

A presidência da COP30, a conferência das Nações Unidas que discute as mudanças climáticas, anunciou nesta segunda-feira (17) que os assuntos discutidos pelos negociadores serão tratados em dois “pacotes”.

Ainda sem acordo sobre os tópicos, o secretariado do evento autorizou a extensão do horário de trabalho nesta segunda, e os debatedores poderão discutir “madrugada adentro” para chegar a um consenso.


O primeiro bloco inclui os quatro principais tópicos em discordância entre os países (financiamento a nações em desenvolvimento, eventuais falhas nas metas climáticas, medidas unilaterais de comércio e relatórios de transparência) e outros a eles correlacionados.

O segundo grupo trata dos demais assuntos da COP30, como a questão de gênero, vistos como “menos complicados”.


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A expectativa é de que os resultados do primeiro pacote sejam apresentados até a noite de quarta-feira (19). A segunda parte deve ser concluída até sexta (21), último dia previsto da COP30.

As atualizações do andamento da COP30 foram apresentadas em coletiva de imprensa pelo presidente do evento, André Corrêa do Lago, e a secretária-executiva da conferência, Ana Toni.


Esquema de ‘mutirão’

Tanto a determinação de tratar os assuntos em dois pacotes quanto a extensão das horas de trabalho mostram o clima de “mutirão” proposto pela presidência brasileira da COP30.

Segundo a negociadora-chefe da conferência, Liliam Chagas, os debatedores estão em “modo de força-tarefa”. “Mostra que estamos acelerando os acordos”, destacou, ao lado de Corrêa do Lago e Ana Toni na coletiva de imprensa.


A embaixadora afirmou que as consultas em torno dos quatro assuntos mais espinhosas continuam, focadas em concluir as discussões até a noite de quarta.

“Com isso, mostramos que o multilateralismo pode entregar mesmo antes do prazo final”, acrescentou Liliam.

Para Corrêa do Lago, a ideia de dividir os trabalhos em dois blocos surgiu na semana passada, quando as discussões estavam mais voltadas a questões técnicas. A determinação, segundo o presidente, foi acordada entre os países participantes.

“Decidimos trabalhar num modo de força-tarefa para ter certeza que teremos um pacote o mais rápido possível”, explicou.

Não é ‘decisão de capa’

Apesar da estratégia, a presidência brasileira nega que a determinação seja uma “decisão de capa”. O jargão é usado no meio diplomático para descrever um documento político central que sintetiza a ambição e a narrativa da COP. O texto é articulado pela presidência e colocado “por cima” das decisões técnicas.

“A presidência da COP30 tem sido muito transparente”, defendeu Ana Toni. “O mutirão é uma estratégia acordada para os quatro tópicos, após diversas consultas. Isso é muito diferente de uma decisão de capa. Foi acordado entre as partes sobre o melhor jeito para discutir os assuntos”, explicou.

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