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Sem citar fósseis, proposta final da COP30 recebe críticas por ser rasa: ‘Sucesso depende disso’

Texto centrou pedidos em avanços ao financiamento sem fim dos combustíveis fósseis; grupo com mais de 30 países pede alteração

Brasília|Lis Cappi e Ana Isabel Mansur, do R7, enviadas especiais a Belém

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A presidência da COP30 é criticada por não incluir o fim dos combustíveis fósseis no texto da proposta final.
  • Mais de 30 países assinam carta solicitando a inclusão do tema, destacando a necessidade de um resultado equilibrado e ambicioso.
  • O novo rascunho enfatiza a importância do financiamento climático e metas mais rigorosas para países ricos nas emissões de gases do efeito estufa.
  • A falta de consenso pode atrasar o fim da conferência, que deve ser aprovada por quase 200 nações participantes.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Presidência brasileira da COP30 apresentou novos rascunhos Rafa Neddermeyer/COP30 Brasil Amazônia/PR - 20.11.2025

A presidência da COP30 recebeu fortes críticas na manhã desta sexta-feira (21) por não citar o debate sobre o fim do uso de combustíveis fósseis na proposta final. Uma carta assinada por mais de 30 países foi enviada à liderança brasileira e pede a inclusão do tema na versão conclusiva do texto da conferência.

“O sucesso da presidência dependerá de apresentar um resultado equilibrado e voltado para o futuro, em vez de pedir aos demais que aceitem apenas aquilo que os menos ambiciosos estão dispostos a permitir”, diz o documento, apoiado por nações como Áustria, Bélgica, Chile, Colômbia, França e Alemanha.


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Sem menções ao plano para começar a discutir o fim do uso de petróleo, gás e carvão, o texto foi questionado por outras nações. Um novo debate será feito ainda nesta manhã.

Apesar da exclusão, o chamado “mapa do caminho” é defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.


“Expressamos profunda preocupação em relação à proposta atualmente em consideração, apresentada em termos de ‘pegar ou largar’. Não podemos apoiar um resultado que não inclua um roteiro. Solicitamos, de forma respeitosa, porém firme, que a presidência apresente uma proposta revisada”, continuam os países que discordam.

A falta de acordo indica que as negociações podem levar mais tempo e postergar o fim da conferência, previsto para esta sexta (21). Isso porque os documentos de COPs precisam ser aceitos em consenso pelos quase 200 países que participam do evento.


Em outra frente, o novo rascunho pressiona para o financiamento climático, com destaque para que países ricos, historicamente responsáveis pelas emissões de gases do efeito estufa, aumentem as metas de contribuição e apoiem financeiramente nações em desenvolvimento.

O texto destaca, ainda, o aumento da temperatura no planeta e diz que limitar o aquecimento global a 1,5°C, como determina o Acordo de Paris, depende de novo pacto global baseado em equidade.


As demais nações que endossam as críticas à proposta incluem Costa Rica, Croácia, Tchéquia, Estônia, Finlândia, Guatemala, Honduras, Islândia, Irlanda, Liechtenstein, Luxemburgo, Ilhas Marshall, México, Mônaco, Países Baixos, Panamá, Palau, Eslovênia, Espanha, Suécia, Suíça, Reino Unido e Vanuatu.

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