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Senado aprova urgência de segundo projeto que regulamenta reforma tributária

Parlamentares devem votar proposta ainda nesta terça-feira

Brasília|Rute Moraes e Lis Cappi, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Senado aprova urgência para o segundo projeto da reforma tributária.
  • O texto regulamenta a cobrança do IBS, que unificará ICMS e ISS.
  • 65 das 195 emendas propostas pelos parlamentares foram acolhidas.
  • Proposta deve ser votada ainda hoje e, se aprovada, retorna à Câmara dos Deputados.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Após análise dos destaques no Senado, texto retornará à Câmara Waldemir Barreto/Agência Senado - 30.09.2025

O plenário do Senado aprovou, nesta terça-feira (30), um pedido de urgência ao segundo projeto de lei complementar que regulamenta a reforma tributária no Brasil. Agora os senadores discutem o texto. Depois, eles devem votar a proposta que, se aprovada, retornará à Câmara dos Deputados.

Relatado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), o texto detalha como o Poder Público vai cobrar e decidir sobre controvérsias do futuro IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), tributo que unificará os atuais ICMS (estadual) e ISS (municipal).


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O projeto ainda estabelece como se dará a composição do Comitê Gestor do IBS, que vai gerir os impostos no Brasil. O comitê é uma entidade pública, com caráter especial, e terá a missão de coordenar a arrecadação e a distribuição do IBS de forma integrada entre todos os estados, o Distrito Federal e os municípios.

Das 195 emendas apresentadas pelos parlamentares, 65 foram acolhidas, total ou parcialmente. Entre elas, estão:


  • A que altera a forma de cobrança de imposto sobre nafta para ajudar no combate à sonegação dos tributos;
  • Uma calibragem do Imposto sobre Bens e Serviços, definindo que a alíquota, durante a transição, será gradual, permitindo que estados e municípios adaptem suas contas com mais tempo e segurança e;
  • A que permite que o valor da alíquota do novo IBS seja calculado com base na arrecadação de ICMS e ISS entre os anos de 2024 e 2026.

Confira os principais pontos do projeto:

1. Criação do Comitê Gestor: Instituição do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços, uma entidade pública de caráter especial para administrar e coordenar o IBS.

2. Eleições do comitê: Ajustes nas regras para a eleição dos representantes dos municípios no Conselho Superior do comitê, visando garantir o caráter competitivo e superar impasses entre associações de prefeitos.


3. Split Payment: Esclarecimento de conceitos e procedimentos do sistema de recolhimento automático do imposto na liquidação financeira da transação (split payment), fundamental para combater a sonegação.

4. Integração do Contencioso Administrativo: Criação da Câmara Nacional de Integração do Contencioso Administrativo do IBS e da CBS para uniformizar a jurisprudência em matéria comum aos dois novos tributos.


5. Fim do voto de qualidade: Alteração na composição da Câmara Nacional para que o presidente vote somente em caso de empate, eliminando o antigo voto de qualidade que beneficiava o fisco.

6. ITCMD sobre previdência privada: Inclusão expressa de que o ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação) não incidirá sobre benefícios de previdência privada complementar herdados, seguindo tese do STF (Supremo Tribunal Federal).

7. Base de cálculo de quotas/ações: Simplificação do cálculo da base do ITCMD na transmissão de quotas ou ações não negociadas em bolsa, passando a ser o valor patrimonial, em vez de um processo mais complexo.

8. ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) e antecipação opcional: Normas gerais para o ITBI, permitindo que municípios exijam a antecipação opcional do pagamento no momento da formalização do título translativo.

9. Extensão do nanoempreendedor: O regime de nanoempreendedor (que oferece isenção de IBS/CBS para faturamento anual de até R$ 162 mil) foi estendido para incluir taxistas, mototaxistas e caminhoneiros autônomos (fretistas).

10. Imposto Seletivo gradual a bebidas açucaradas: Inclusão de bebidas açucaradas na cobrança escalonada do Imposto Seletivo entre 2029 e 2033, garantindo tratamento isonômico com bebidas alcoólicas e produtos fumígenos (produtos derivados do tabaco).

11. Alíquota zero para de veículos para PCD: Aumento do teto para a isenção de IBS e CBS na compra de veículos por Pessoas com Deficiência de R$ 70.000 para R$ 100.000.

12. Antecipa a tributação da nafta: Inicialmente, a cobrança só ocorreria em 2033. Com a mudança, o ICMS será cobrado já na importação da nafta destinada à gasolina, evitando desvios, fechando uma porta importante para fraudes e ajudando os estados a aumentar a arrecadação no curto prazo.

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