Senador Marcos do Val contraria STF e viaja para os EUA com passaporte diplomático
Corte suspendeu documento do parlamentar em agosto de 2024. Em rede social, ele afirma que obteve cidadania americana
Brasília|Do Estadão Conteúdo
RESUMO DA NOTÍCIA
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O senador Marcos do Val (Podemos-ES) disse, nesta quinta-feira (24), que está nos Estados Unidos. A viagem é um drible no Supremo Tribunal Federal (STF), que bloqueou o passaporte do parlamentar em agosto do ano passado. Em seu perfil no Instagram, Do Val declarou que utilizou passaporte diplomático para conseguir entrar no país governado por Donald Trump.
A conta do senador na rede social está bloqueada no Brasil por ordem do ministro Alexandre de Moraes, mas pode ser acessada do exterior.
Na foto que acompanha a publicação, o senador pelo Espírito Santo aparece segurando o passaporte diplomático brasileiro, que tem a cor vermelha, e, na outra mão, um passaporte similar ao utilizado por cidadãos americanos.
“Hoje estou aqui, nos Estados Unidos”, escreveu. “Na mesma semana em que Alexandre de Moraes teve seu visto suspenso pelo governo americano — um fato que trará graves consequências diplomáticas e pessoais para ele e sua família —, os Estados Unidos tomaram outra atitude. Reconheceram, reafirmaram e ampliaram minha função diplomática. E mais: me acolheram oficialmente como cidadão americano”, continuou Do Val.
A reportagem não conseguiu confirmar a informação de que ele teve a cidadania reconhecida pelo governo americano. A informação foi divulgada por veículos de imprensa
Marcos do Val teve o passaporte retido pelo STF na Operação Disque 100, sob a suspeita de integrar um grupo que promovia ataques nas redes sociais contra agentes da Polícia Federal que atuam em inquéritos junto ao STF. Na ocasião, Moraes determinou a prisão preventiva dos blogueiros Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio, mas as ordens não foram cumpridas por eles viverem nos Estados Unidos e na Espanha, respectivamente.
A decisão sobre Do Val foi confirmada pela Primeira Turma do STF em fevereiro. Desde então, ele recorreu duas vezes ao colegiado na tentativa de reaver o documento, mas ambos os pedidos foram negados — o último deles em março.
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