Logo R7.com
Logo do PlayPlus
R7 Brasília
Publicidade

Senadores pedem vista e adiam votação de desoneração da folha de pagamento

Projeto substitui a contribuição previdenciária de 20% sobre a folha salarial por uma contribuição com alíquota entre 1% e 4,5%

Brasília|Camila Costa, do R7, em Brasília

Texto deve ser analisado na próxima semana
Texto deve ser analisado na próxima semana Texto deve ser analisado na próxima semana

Um pedido de vista coletivo adiou a votação do projeto de lei que prevê a prorrogação da desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, nesta terça-feira (17). O projeto substitui a contribuição previdenciária de 20% sobre a folha salarial por uma contribuição com alíquota entre 1% e 4,5% da receita bruta das empresas. A medida vai valer até dezembro de 2027. O texto deve ser analisado na próxima semana.

A proposta é de autoria do senador Efraim Filho (União Brasil-PB). Segundo ele, o adiamento pode prejudicar o propósito do projeto. "A política de desoneração precisa de tempo e prazo para planejar ampliação dos negócios, abertura de filiais e contratação de novos empregados. Então, não podemos ir jogando para a frente porque não vamos conseguir nosso objetivo. O pedido de vista é regimental, mas espero que não passe da próxima semana, pois esse é um desgaste com quem emprega no Brasil", afirmou Efraim.

Compartilhe esta notícia no WhatsApp

Compartilhe esta notícia no Telegram

Publicidade

O desafio do Congresso é finalizar a análise do projeto antes do vencimento até então previsto. A desoneração da folha acabaria em 2020, mas o Congresso aprovou a prorrogação até o fim de 2021. Um novo projeto, aprovado pelo Congresso e sancionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), estendeu a medida até dezembro de 2023.

A proposta foi aprovada pelo Senado em junho e seguiu para a análise dos deputados, que fizeram mudanças no texto. Por isso, deve ser discutida pelos senadores novamente. Desde a tramitação na Câmara, o ponto de entrave do projeto é o que trata do benefício para os pequenos municípios.

Publicidade

Os municípios foram inicialmente incluídos no projeto no parecer do senador Angelo Coronel (PSD-BA), que beneficia cidades com até 142 mil habitantes. Ele propôs reduzir a alíquota da contribuição previdenciária sobre a folha dos municípios de 20% para 8%, mas houve alteração na forma de redução na Câmara.

Para Coronel, a desoneração vai fomentar a economia com a geração de novos postos de trabalho e a manutenção das vagas que já existem. "Eu acho que, estruturalmente, o governo não perde nada. O governo termina ganhando com essa desoneração, porque o imposto depois vem direto para as pessoas pegarem o seu salário e gastarem no comércio", avaliou o senador.

Publicidade

A proposta aprovada pela Câmara estendeu o benefício para outras prefeituras e reduziu a alíquota para valores entre 8% e 18%, a depender da renda per capita do município.

O relatório em avaliação pela CAE nesta terça tenta aprovar a primeira versão do texto.

Entenda a proposta

• O que é a proposta de desoneração da folha de pagamento?

Pelo texto, a contribuição previdenciária patronal sobre a folha de salários será substituída por uma contribuição incidente sobre a receita bruta do empregador. A contribuição patronal é paga por empregadores para financiar a seguridade social. Então, em vez de o empresário pagar 20% sobre a folha de pagamento do funcionário, o tributo pode ser calculado com a aplicação de um percentual sobre a receita bruta da empresa, que varia de 1% a 4,5%, conforme o setor.

A contribuição não deixa de ser feita, apenas passa a se adequar ao nível real da atividade produtiva do empreendimento. Em outras palavras, as empresas que faturam mais contribuem mais. Com isso, é possível contratar mais empregados sem gerar aumento de impostos.

• Quais são os setores beneficiados?

- Confecção e vestuário;

- Calçados;

- Construção civil;

- Call center;

- Comunicação;

- Construção e obras de infraestrutura;

- Couro;

- Fabricação de veículos e carroçarias;

- Máquinas e equipamentos;

- Proteína animal;

- Têxtil;

- Tecnologia da informação (TI);

- Tecnologia da informação e comunicação (TIC);

- Projeto de circuitos integrados;

- Transporte metroferroviário de passageiros;

- Transporte rodoviário coletivo; e

- Transporte rodoviário de cargas.

Juntos, esses segmentos geram cerca de 9 milhões de empregos formais. Se o projeto de lei não for aprovado, a desoneração da folha de pagamentos tem validade só até dezembro deste ano.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.