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R7 Brasília

Senadores vão a Roraima verificar crise yanomami e situação dos garimpeiros

Parlamentares eleitos no estado embarcam nesta quinta e fazem parte da comissão externa que atua em acordo com PGR e governo

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Região yanomami sofre com garimpo ilegal
Região yanomami sofre com garimpo ilegal

Senadores embarcam para Roraima nesta quinta-feira (9) com o objetivo de iniciar os trabalhos da comissão externa criada para acompanhar a crise yanomami e a situação dos garimpeiros que deixam a região. Os parlamentares vão atuar em parceria com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e os ministérios da Justiça, Defesa e Direitos Humanos.

Membro da comissão, o senador Chico Rodrigues (PSB-RR) afirmou ao R7 que a ida dos parlamentares conhecedores da região é fundamental para uma atuação bem-sucedida no local. Com ele, viajam também os senadores por Roraima Dr. Hiran (PP) e Mecias de Jesus (Republicanos). A senadora Zenaide Maia (PSD-RN) também foi convidada para compor a comitiva.

Além de atentar à questão da assistência humanitária ao povo yanomami, Rodrigues ressaltou o problema do desabastecimento de alimentos dos garimpeiros que atuavam na região. "Poderemos ver uma situação gravíssima. São 20 mil garimpeiros que já estão sem alimento", disse o parlamentar, que destaca o fato de que aviões com as reposições estão deixando de fazer o abastecimento. 

Rodrigues alegou que é necessário "administrar esse problema com muito cuidado e olhos abertos. Pode ser algo de proporção gigantesca", alertou. O senador defende a punição dos responsáveis pelos garimpos ilegais, mas pondera que a massa de trabalhadores "é um instrumento da necessidade, fruto do desemprego". 


O Governo de Roraima declarou que está acompanhando e mantendo o governo federal informado sobre essa saída voluntária das terras indígenas. A preocupação é que essa saída gere a ocupação de outras áreas de garimpo ilegal conhecidas no estado como a Terra Indígena Raposa Serra do Sol.

A comissão externa foi criada nesta quarta-feira (8), após votação simbólica. Os trabalhos têm prazo de 120 dias para o acompanhamento da situação no local. A ideia de criar a comissão surgiu após reunião entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o governador de Roraima, Antonio Denarium (PP).

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