‘Seriedade fiscal eu tenho mais do que quem dá palpite nessa questão no Brasil’, diz Lula
Presidente afirmou que não é ‘marinheiro de primeira viagem’; íntegra da entrevista será exibida às 19h50 no JR
Brasília|Renata Varandas, da RECORD
Em entrevista exclusiva à RECORD nesta terça-feira (16), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo vai seguir as regras do arcabouço fiscal e que “responsabilidade fiscal eu não aprendi na faculdade, eu trago do berço”. Na entrevista, o presidente falou sobre a revisão de gastos públicos para que o governo consiga cumprir a meta fiscal neste ano. Lula destacou que “seriedade fiscal eu tenho mais do que quem dá palpite nessa questão fiscal no Brasil”. A entrevista completa será exibida no Jornal da RECORD desta terça, às 19h50.
Leia mais
O presidente falou, também, que não é “marinheiro de primeira viagem”. “É que nem tudo que eles tratam como gasto, eu trato como gasto. Às vezes, fico irritado porque eu não sou marinheiro de primeira viagem. Eu sou o presidente da República mais longevo desse país depois de Getúlio Vargas e Dom Pedro II. Eu tenho experiência de administração bem-sucedida”, destacou.
Ele garantiu que “vamos fazer o que for necessário para cumprir o arcabouço fiscal”. “Eu dizia na campanha: vamos criar um país com estabilidade política, jurídica, fiscal, econômica e social. Essa responsabilidade, esse compromisso — posso dizer para você como se tivesse dizendo para um filho meu, para a minha mulher —, responsabilidade fiscal eu não aprendi na faculdade, eu trago do berço”, completou.
Veja também: Big techs ganham dinheiro com ‘mentiras e aberrações’, e regulação é urgente, diz Lula
“É apenas uma questão de visão. Você não é obrigado a estabelecer uma meta e cumpri-la se você tiver coisas mais importantes para fazer. Esse país é muito grande, esse país é muito poderoso. O que é pequeno é a cabeça dos dirigentes desse país e a cabeça de alguns especuladores”, afirmou Lula.
“Esse país não tem nenhum problema se é déficit zero, se é déficit 0,1%, se é déficit 0,2%. Não tem nenhum problema para o país. O que é importante é que esse país esteja crescendo, que a economia esteja crescendo, que o emprego esteja crescendo, que o salário esteja crescendo”, acrescentou.