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Servidores do Banco Central retomam nesta terça greve por reajuste e reestruturação

Categoria quer 27% de aumento; não houve avanço na negociação, diz sindicato; paralisação estava suspensa desde 19 de abril

Brasília|Lucas Nanini, do R7, em Brasília

Sede do Banco Central, em Brasília
Sede do Banco Central, em Brasília Sede do Banco Central, em Brasília

Os servidores do Banco Central do Brasil retomam nesta terça-feira (3), por tempo indeterminado, a greve que havia sido suspensa em 19 de abril. A categoria quer 27% de aumento salarial e reestruturação da carreira. A proposta do governo foi um reajuste de 5%.

A retomada da paralisação ocorreu após assembleia deliberativa do Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central) realizada na última sexta-feira (29). O movimento foi iniciado em 1º de abril. A suspensão foi decidida depois que a categoria anunciou que daria um “voto de confiança” à direção do BC.

Na ocasião, o presidente do banco, Roberto Campos Neto, prometeu implementar dois pontos da pauta não salarial dos servidores e se comprometeu a conseguir uma reunião com o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, ainda em abril para avançar nas negociações.

Durante a trégua do movimento, o sindicato informou que tinha apresentado uma contraproposta em que abria mão do reajuste no primeiro semestre de 2022. O presidente do Sinal, Fábio Faiad, disse que o governo não quis abrir uma mesa de negociação. “Nós não queremos impor a pauta, não queremos 'tudo ou nada'. A gente queria negociar. Se o governo tivesse aberto a mesa de negociação, talvez nem a greve tivesse acontecido.”

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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto

Segundo o dirigente sindical, a categoria entende que essa mesa de negociação “é um caminho que ainda pode ser aberto”. “Pode facilitar as discussões, e a gente defende isso para que formalmente ache saídas para equilibrar o interesse do servidor, as dificuldades do governo, as boas questões da gestão pública e o interesse maior, que é o da sociedade brasileira.”

Um ato presencial dos trabalhadores está previsto para esta quarta-feira (4), às 17h, em frente à sede do Banco Central, em Brasília. Faiad informou que a categoria negocia com a direção do BC o percentual mínimo de servidores que estarão na ativa durante a paralisação.

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Nós não queremos impor a pauta%2C não queremos 'tudo ou nada'. A gente queria negociar. Se o governo tivesse aberto a mesa de negociação%2C talvez nem a greve tivesse acontecido

(Fábio Faiad, presidente do Sinal)

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“Serviços como o Pix, que é para a sociedade brasileira, não vão ser interrompidos. O atendimento ao sistema financeiro vai ficar prejudicado. Informações, divulgação de taxas, realização de alguns eventos coligados ao sistema financeiro e algumas prestações de informações vão ficar prejudicadas”, diz Faiad.

O R7 procurou o Banco Central para comentar o assunto, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem. O espaço permanece disponível para que a instituição se manifeste.

Os servidores do BC iniciaram a movimentação para pleitear reajuste no fim do ano passado. Na oportunidade, o presidente Jair Bolsonaro prometeu aumento para policiais federais e rodoviários federais.

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