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R7 Brasília

Sindicombustíveis-DF: pode faltar gasolina nas bombas

De acordo com o presidente do sindicato, apesar do último aumento, ainda há defasagem nos preços da Petrobras

Brasília|Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília

Para presidente do sindicato, a Petrobras precisa mudar sua política de preços
Para presidente do sindicato, a Petrobras precisa mudar sua política de preços

O Sindicombustíveis-DF disse nesta sexta-feira (15) que existe risco de faltar gasolina no Distrito Federal e em outros estados. De acordo com Paulo Tavares, presidente do sindicato, apesar do aumento da última segunda-feira (11), ainda há defasagem nos preços praticados pela Petrobras.

Falando ao R7, Tavares disse que existe em torno de 30% de chance de desabastecimento. “A defasagem é grande porque o governo está segurando os preços apesar de não declarar. O governo mantém os preços atrelados ao dólar e ao [valor do] barril do petróleo. As importadoras em Goiânia e Brasília estão sem produtos. Elas passaram a fazer pedidos para as refinarias da Petrobras e todos acabaram tendo cotas de litros cortadas,” afirmou.

Paulo Tavares avalia que tanto as grandes distribuidoras quanto as pequenas terão que importar com preços mais caros. “Ou a Petrobras muda o preço ou transfere a responsabilidade para a importação. Isso vai gerar um novo aumento. A Petrobras não aumenta o preço e joga a culpa dos aumentos para os importadores", afirmou."O clima político está ruim. O diesel só não aumentou por causa dos caminhoneiros”, completou. “A defasagem de preços da Petrobras está em R$ 0,41, apesar do último aumento da gasolina de R$ 0,21. No caso do diesel está em R$ 0,57 hoje em comparação com o mercado internacional. Nesse sentido, poderá haver realmente falta de produto, pois está muito mais caro importar combustível”, concluiu.

Segundo Paulo, apesar de a Petrobras ter autossuficiência em petróleo, ela não consegue refinar o suficiente para o consumo interno do país. “Com isso, as distribuidoras vêm tentando comprar da Petrobras porque está mais barato que importar. No entanto, como a Petrobras não tem produto para oferecer, a empresa está reduzindo as cotas de vendas futuras para não ficar sem produto disponível para as distribuidoras”. Ele disse que, nesse cenário, “as distribuidoras terão de importar mais caro para não faltar produto e os custos serão repassados na revenda".

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