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R7 Brasília

Sistema do MJ encontra 1,9 mil conexões de crimes cometidos com as mesmas armas

Programa mostrou a mostra que cada registro representa ligação entre dois ou mais casos; ao todo, foram apreendidas 620 armas

Brasília|Do R7, com informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública


Análise é feita a partir de dados de todo o país Fernando Frazão/Agência Brasil

O Sinab (Sistema Nacional de Análise Balística) confirmou 1.992 conexões entre crimes cometidos com a mesma arma desde o ano passado. Cada registro representa uma ligação entre dois ou mais casos, o que corresponde à comparação de cerca de pelo menos 3.984 crimes. O sistema faz parte do Ministério de Justiça e Segurança Pública.

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As informações correspondem a 74,55% dos dados inseridos no BNPB (Banco Nacional de Perfis Balísticos). Por meio desta tecnologia, as autoridades policiais conseguiram apreender 620 armas de fogo ligadas aos crimes. “Em cerca de 93% desses casos, não havia na cena de crime vestígios como impressões digitais ou imagens que pudessem levar ao autor do delito. Todas as informações de identificação foram geradas pelo banco de dados”, afirma a pasta.

Veja conexões estabelecidas durante os anos:

  • 2024 926;
  • 2023 1.066;
  • 2022 358

Somando os dados desde 2022, foram feitas 2.350 correlações confirmadas de casos cometidos com o mesmo armamento, o que corresponde a 4,7 mil crimes. O coordenador do Comitê Gestor do Sinab, Lehi Sudy explica que os técnicos passaram a inserir amostras de mostras de projéteis e estojos recolhidos de cenas envolvendo homicídio, feminicídio, latrocínio e roubo no BNB.


“Nesse caso, a tentativa ou o homicídio são registrados no sistema, mas pode não haver correspondências imediatas. No entanto, se uma pessoa for presa posteriormente, o sistema pode identificar que a arma apreendida com ela foi utilizada em um crime específico, fornecendo a data exata do ocorrido”, esclarece.

Como funciona

O primeiro passo é recolher projéteis e cápsulas de munição, chamadas de estojos, nas cenas dos crimes. Feito isso, o material segue para a análise no laboratório, onde passa por um tratamento e processamento dos dados. O técnico insere as informações no sistema, que gera uma lista de possíveis correspondências com outros casos.


A correlação ocorre porque, quando um tiro é disparado, o estojo se deforma ao entrar em contato com a arma, resultando em marcas específicas e únicas. “Ao analisar essas marcas, é possível determinar se dois estojos foram disparados pela mesma arma, pois o projétil, ao passar pelo cano, adquire marcas únicas, já que nenhum cano é idêntico a outro. Com esse processo, é possível analisar vários estojos e determinar se foram disparados pela mesma arma ou por armas diferentes”, conclui.

Rede

O Sinab conta com informações das 27 unidades federativas e é alimentado em parceria com a Polícia Federal. Ao todo, existem 40 laboratórios com acesso ao banco de dados. Desde 2022, 272 peritos criminais foram capacitados para operar os equipamentos, conforme um protocolo único.


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