‘Suspeitas são apenas suspeitas’, diz União Brasil sobre indiciamento de Juscelino Filho
Ministro é acusado de pelo menos seis crimes por suspeita de desvio de recursos públicos
Brasília|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília
O União Brasil afirma apoiar o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, que foi indiciado pela Polícia Federal nesta quarta-feira (12) por pelo menos seis crimes devido à suspeita de desvio de recursos públicos destinados a obras de pavimentação. “Suspeitas são apenas suspeitas, e o partido não vai admitir pré-julgamentos ou condenações antecipadas sobre o ministro”, enfatiza.
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Entre os crimes apontados pela PF, estão:
- falsidade ideológica;
- corrupção passiva;
- integrar organização criminosa;
- frustração do caráter competitivo de licitação;
- violação de sigilo em licitação;
- ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal.
O partido afirma que “indiciamento não deve significar culpa” e reforça que a investigação “não tem relação direta” com a atuação de Juscelino com o ministério. A nota, que é assinada pelo presidente Antonio de Rueda, pontua “vazamento seletivos e descontextualizados relacionados à investigação, com o objetivo de criar uma instabilidade política que não interessa a ninguém”.
Posicionamento do ministro
Juscelino se manifestou sobre o indiciamento por meio de uma nota, na qual afirma que “a investigação, que deveria ser um instrumento para descobrir a verdade, parece ter se desviado de seu propósito original”.
Segundo ele, o inquérito “concentrou-se em criar uma narrativa de culpabilidade perante a opinião pública, com vazamentos seletivos, sem considerar os fatos objetivos”.
Ele destaca que “o indiciamento é uma ação política e previsível, que parte de uma apuração que distorceu premissas, ignorou fatos e sequer ouviu a defesa sobre o escopo do inquérito”.
“É importante deixar claro que não há nada, absolutamente nada, que envolve minha atuação no Ministério das Comunicações, pautada sempre pela transparência, pela ética e defesa do interesse público”, ressalta Juscelino.