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Tarcísio agradece empréstimo de R$ 10 bilhões, elogia PAC e anuncia leilão de trem entre SP e Campinas

O governador participou de uma agenda com Lula sobre investimentos e financiamentos federais para obras nos estados

Brasília|Do R7, em Brasília

Governador de São Paulo elogiou o PAC
Governador de São Paulo elogiou o PAC

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, agradeceu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo apoio ao empréstimo de R$ 10 bilhões ao estado. Em uma cerimônia realizada nesta terça-feira (12) no Palácio do Planalto, Tarcísio também elogiou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e informou que o leilão do trem que vai ligar Campinas a São Paulo vai ocorrer em fevereiro do ano que vem.

Na cerimônia, o governador assinou a concessão bilionária que vai beneficiar projetos voltados para a mobilidade urbana.

“Acho que o presidente Lula me escolheu [para falar representando os estados na cerimônia] porque estou levando o maior cheque. Mas de fato a gente fica muito satisfeito em ver esses projetos viabilizados. O PAC é um instrumento para isso. Projetos importantes para todos os estados. COP, infraestrutura, saneamento, ou seja, projetos que vão gerar compra de material de construção, vão movimentar comércio, indústria, vão gerar empregos”, disse Tarcísio.

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O governador citou o financiamento do trem intercidades Campinas–São Paulo e afirmou que está estruturando também o trem Sorocaba–São Paulo, que deve ser leiloado em 2025. "Quando a gente estava negociando esse financiamento no BNDES, eu tive a oportunidade de conversar com o presidente [Aloizio] Mercadante, da esperança que trazia, de um projeto que é muito antigo e agora está viabilizado. O leilão está marcado para fevereiro, e vai ser um leilão bem-sucedido", afirmou.


O empréstimo, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), foi assinado durante uma cerimônia realizada no Palácio do Planalto, em Brasília, que contou com a participação, além de Tarcísio, dos governadores Helder Barbalho (Pará), Fabio Mitidieri (Sergipe) e Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul). Todos os estados citados foram beneficiados.

Segundo o Palácio do Planalto, as operações de crédito do BNDES, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil em 2023 superam a soma das dos quatro anos anteriores.

Em operações de crédito por ente público, foram R$ 32,1 bilhões a 16 estados e R$ 24,3 bilhões a 805 municípios de 25 estados. A área de saneamento recebeu a maior operação de crédito, cerca de R$ 15 bilhões, seguida por mobilidade, com R$ 13 bilhões, infraestrutura urbana (R$ 10 bilhões). Outros R$ 23,5 bilhões em operação desse segmento estão em andamento.

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No caso do empréstimo a São Paulo, os recursos vão ser disponibilizados em planos de mobilidade urbana, como o projeto de extensão da linha 2 do Metrô e a operação do trem intercidades, que vai conectar a capital paulista a Campinas, no interior do estado.

Durante a agenda, Lula afirmou que nem governador nem prefeito são considerados bandidos. “Se ele tiver as contas em dia, tem direito, sim, de ir ao banco, pedir financiamento, e o banco financiar. Não quero saber o partido do Tarcísio, do Riedel. Eles são governantes eleitos, com o mesmo povo que votou em mim. Os prefeitos, idem. Vamos tratar com muita cidadania, muito respeito”, disse.

Críticas ao Banco Central

Lula aproveitou o discurso para tecer críticas ao Banco Central, que é responsável por manejar a taxa de juros no país. “Qual o pessimismo dos economistas que acham que [o Brasil] vai crescer pouco? Que a China não sei das quantas? Nós não temos que pensar na China, temos que pensar em nós. Vamos criar as condições desse país crescer, e esse país pode crescer em 2024 o tanto que cresceu em 2023", afirmou.

“É preciso parar de chorar e lamentar. O país é do tamanho da nossa criatividade. Se a gente chega em casa e não tem comida, eu fico chorando: ‘Ah, que não tem comida para comer’. Não vou ficar com fome, eu vou sair para procurar comida. Esse país vai crescer. Vai aparecer dinheiro, vai aparecer investimento externo.”

TCU X BNDES

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, agradeceu publicamente ao Tribunal de Contas da União (TCU), que aprovou um acordo entre o banco e o Tesouro Nacional para a devolução de R$ 22,6 bilhões aos cofres do governo. O pagamento vai ser dividido em oito parcelas e continuará até 2030.

“Quero aqui publicamente agradecer ao TCU, que parcelou os nossos últimos R$ 22,6 bilhões. Nós não temos funding para aguentar essa pressão de crédito que estamos enfrentando. A demanda de crédito cresceu 94% no banco”, disse Mercadante.

“E, por último, dizer que o TCU fez ótimo trabalho com os tribunais dos estados e municípios, com a CGU também, que mostrou que o BNDES é a instituição mais transparente da República. Tudo o que eu falo — vocês podem olhar no portal — está lá demonstrado. Fazemos questão de responder àquelas acusações infundadas de caixa-preta, apresentando o aquário do Brasil, que é o BNDES daqui para a frente”, finalizou.

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