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Terrorismo x ações de inteligência: deputados divergem sobre operação no Rio de Janeiro

Enquanto governistas criticam atuação de Cláudio Castro, oposição defende classificar facções criminosas como terroristas

Brasília|Lis Cappi, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Deputados estão divididos sobre a operação policial que resultou em mais de 130 mortes no Rio de Janeiro.
  • Governistas apoiam a PEC da Segurança, enquanto a oposição busca classificar facções criminosas como terroristas.
  • A proposta de 'antiterrorismo' poderá aumentar penas para atividades de milícias e facções a até 30 anos de prisão.
  • Críticos defendem uma abordagem não violenta, ressaltando a importância do rastreio financeiro das organizações criminosas.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Moradores do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, levaram corpos para uma praça da comunidade

Deputados divergiram, nessa quarta-feira (29), sobre a operação policial que deixou ao menos 120 mortos no Rio de Janeiro ocorrida na última terça. Enquanto alguns criticaram a condução do governador do estado, Cláudio Castro, outros elogiaram a ação dos agentes de polícia. Houve ainda quem tentasse emplacar projetos na área de Segurança Pública.

As manifestações ocorreram ao longo dessa quarta-feira (29) e resultaram em pedidos ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).


De um lado, governistas defendem prioridade ao avanço da PEC da Segurança, que visa integrar investigações e no âmbito nacional. De outro, a oposição negocia um projeto para que organizações criminosas passem a ser tratadas como terroristas.

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Ao R7, o líder da oposição na Câmara, deputado Zucco (PL-RS), afirmou que a situação no Rio de Janeiro se aproxima de um cenário de “guerra”, o que motivaria ações de parlamentares pelo aumento de punições.


“A gente precisa aumentar penas, precisamos realmente deixar claro o que está acontecendo no cenário da segurança”, diz. “Os criminosos estão usando armamento muitas vezes mais modernos do que os das polícias militares, das Forças Armadas. É inadmissível”, avalia, ressaltando a defesa ao projeto que ficou conhecido como “antiterrorismo”.

A proposta apresentada na Câmara propõe classificar como terrorismo as atividades de facções e milícias privadas, além de organizações que dominem territórios. O texto será conduzido pelo secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite, que vai se licenciar do cargo para defender a proposta.


Conforme o projeto, a mudança ocasionaria o aumento de penas, que poderiam chegar a 30 anos de prisão.

Críticos ao texto questionam os efeitos da medida e alegam que ela se tratar de uma “estratégia” para internacionalizar a pauta de segurança.


A posição contrária ao texto ganha força entre governistas -- eles defendem ações de inteligência e o rastreio financeiro de organizações criminosas.

Parlamentares da oposição afirmam que é possível combater o crime sem a violência observada na operação do Rio de Janeiro. Eles dizem que questionarão a letalidade da ação por meio de representações protocoladas junto ao Ministério Público do Rio de Janeiro e à Procuradoria-Geral da República.

“Outras operações geraram grande apreensão de armas e prisões, apreensão de drogas sem um tiro, sem nenhuma morte. Não é possível enfrentar o drama que vivenciamos no estado que nós amamos sem enfrentar o dinheiro, sem percorrer o que financia as organizações criminosas. E isso requer inteligência, planejamento, coisas que não vimos no massacre promovido pelo governador Cláudio Castro”, afirma Talíria Petrone (RJ), líder do PSOL.

A operação no Rio deve pautar as próximas reuniões de líderes partidários e pressionar votações sobre segurança pública nos próximos dias.

CPI no Senado

No Senado, há previsão de que a CPI do Crime Organizado seja instalada na próxima terça-feira (4), com o objetivo de analisar a estrutura e o funcionamento do crime organizado no país.

“É hora de enfrentar esses grupos criminosos com a união de todas as instituições do Estado brasileiro, assegurando a proteção da população diante da violência que ameaça o país”, afirmou Alcolumbre, ao anunciar a decisão.

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