Tio de Lucas Paquetá fica em silêncio em depoimento, e CPI quer quebra de sigilo
Oitiva de Bruno Tolentino na CPI que investiga a manipulação dos resultados em jogos de futebol durou cerca de 10 minutos
Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília
Bruno Tolentino, tio do jogador de futebol Lucas Paquetá, optou por permanecer em silêncio durante seu depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre Manipulação dos Jogos, nesta quarta-feira (30). Ele estava protegido por um habeas corpus concedido pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que o dispensava de responder às perguntas da comissão. Diante disso, o relator da CPI, senador Romário (PL-RJ), sugeriu a quebra dos sigilos bancário, telefônico e telemático de Tolentino. Essa solicitação ainda precisa ser aprovada pelo colegiado.
A oitiva durou cerca de 10 minutos. Ele respondeu apenas a uma pergunta do presidente da comissão, Jorge Kajuru (PSB-GO), informando que tem dois filhos. Em relação aos outros questionamentos feitos pelo relator e pelo presidente, se limitou a afirmar que permaneceria em silêncio, seguindo a orientação de seus advogados.
“O senhor acha que é normal ficar em silêncio em todas as perguntas, mas, ao mesmo tempo, lá na sala, dizer que é tudo mentira o que se fala a respeito do seu sobrinho Paquetá? Não respondendo nada, o senhor deixa uma dúvida para toda a sociedade brasileira. O caso Paquetá está no ar”, disse Kajuru.
Sem entrar em detalhes, o senador também indicou que há movimentações no Congresso em resposta às decisões do STF sobre habeas corpus concedidos a convocados na CPI.
Paquetá, que joga pela Seleção Brasileira e pelo time inglês West Ham, está sendo investigado por suspeitas de manipulação de cartões para favorecer apostas. O depoimento do jogador na CPI deve ocorrer em 3 de dezembro.