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Tráfico, milícia e criptomoedas: veja o que será investigado pela CPI do Crime Organizado

Relator também quer apurar a infiltração do crime organizado em diversos níveis, inclusive o político

Brasília|Do Estadão Conteúdo

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A CPI do Crime Organizado, liderada pelo senador Alessandro Vieira, será responsável por investigar tráfico, milícias e criptomoedas.
  • A apuração incluirá a infiltração do crime organizado em setores legais e a lavagem de dinheiro por meio de fintechs e empresas de fachada.
  • Seis requerimentos já foram aprovados, incluindo a urgência de dois projetos de lei relacionados a sanções a adolescentes infratores e o Pacote Anticrimes Violentos.
  • A CPI solicitará informações de diversos ministérios e promoverá audiências públicas com especialistas e autoridades.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Brasília - 04/11/2025 -  A comissão parlamentar de inquérito (CPI) que vai investigar o crime organizado no país  foi instalada e o Presidente eleito foi o  Senador, Fabiano Contarato e o relator o Senador, Alessandro Vieira. Foto: Lula Marques/ Agência Brasil.
Fabiano Contarato e Alessandro Vieira, presidente e relator da CPI, vão comandar trabalhos do colegiado Lula Marques/Agência Brasil - 4.11.2025

O relator da CPI do Crime Organizado, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), apresentou nesta terça-feira (4) o plano de trabalho que fará na comissão, com nove tópicos temáticos.

O colegiado investigará, entre outras coisas, o tráfico, a milícia, o uso de fintechs, bancas de advocacia e criptomoedas para a lavagem de dinheiro e a necessidade de integração entre os órgãos de segurança pública e as Forças Armadas.


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O plano foi apresentado e aprovado logo após a votação que definiu Vieira como relator e Fabiano Contarato (PT-ES) como presidente da CPI. O relator também quer apurar a infiltração do crime organizado em diversos níveis, inclusive o político.

“Merecerá atenção especial o acelerado ingresso da criminalidade organizada nos mercados aparentemente lícitos. Esse fenômeno, conhecido como ‘novos ilegalismos’, torna o combate à criminalidade algo muito mais complexo, considerando que a penetração do crime em setores econômicos lícitos envolve diversos atores, como contadores e advogados, bem como a criação de empresas de fachada para efetivar a lavagem de dinheiro”, afirmou Vieira.


Ainda nesta terça-feira, a CPI aprovou seis requerimentos já apresentados pelo relator. Vieira aprovou requerimento que pede ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), a urgência (aceleração) da tramitação de dois projetos de lei na Casa: um trata sobre o endurecimento das sanções aplicadas a adolescentes infratores, e o outro é o chamado “Pacote Anticrimes Violentos”.

A CPI pediu informações ao Ministério da Justiça e ao Ministério da Defesa relatórios de inteligência produzidos pela Polícia Federal e demais órgãos que mapeiem a estrutura de facções criminosas no Brasil, dados estatísticos de apreensões de drogas e armas de fogo, operações policiais, dados sobre o número de presos faccionados, dados sobre o controle de armas e cópias de acordos internacionais firmados.


Além disso, a CPI aprovou o convite de autoridades, jornalistas e especialistas para realizar audiências públicas. Veja a lista a seguir:

Governadores e secretários

  • Clécio Luís, governador do Amapá;
  • Cézar Vieira, secretário de Justiça e Segurança Pública do Amapá;
  • Jerônimo Rodrigues, governador da Bahia;
  • Marcelo Werner Derschum Filho, secretário de Segurança Pública da Bahia;
  • Raquel Lyra, governadora de Pernambuco;
  • Alessandro Carvalho Liberato de Mattos, secretário de Defesa Social de Pernambuco;
  • Elmano de Freitas, governador do Ceará;
  • Antonio Roberto Cesário de Sá, secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará;
  • Paulo Dantas, governador de Alagoas;
  • Flávio Saraiva, secretário de Segurança Pública de Alagoas;
  • Jorginho Melo, governador de Santa Catarina;
  • Flávio Rogério Pereira Graff, secretário de Segurança Pública de Santa Catarina;
  • Ratinho Júnior, governador do Paraná;
  • Hudson Leôncio Teixeira, secretário de Segurança Pública do Paraná;
  • Eduardo Leite, governador do Estado do Rio Grande do Sul;
  • Mario Ikeda, secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Sul;
  • Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal;
  • Sandro Torres Avelar, Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal;
  • Cláudio Castro, governador do Estado do Rio de Janeiro;
  • Victor Cesar Carvalho dos Santos, secretário de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro;
  • Tarcísio de Freitas, governador do Estado de São Paulo;
  • Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública de São Paulo

Autoridades do governo federal

  • Ricardo Lewandowski, ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública;
  • José Mucio, ministro de Estado da Defesa;
  • Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal;
  • Leandro Almada da Costa, diretor de Inteligência Policial da Polícia Federal;
  • Antônio Glautter de Azevedo Morais, diretor de Inteligência Penal da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais);
  • Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência)

Especialistas

  • Lincoln Gakiya, promotor de Justiça;
  • Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública;
  • Joana da Costa Martins Monteiro, professora e pesquisadora;
  • Leandro Piquet Carneiro, professor e pesquisador

Jornalistas

  • Josmar Jozino, jornalista investigativo do portal UOL;
  • Rafael Soares, jornalista investigativo do jornal O Globo;
  • Cecília Olliveira, jornalista investigativa e fundadora do Instituto Fogo Cruzado;
  • Bruno Paes Manso, jornalista investigativo e pesquisador do NEV-USP;
  • Allan de Abreu, jornalista investigativo da revista Piauí;
  • Rodrigo Pimentel, articulista e consultor em segurança pública

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