TSE não vai tolerar que milícias atentem contra a democracia, diz Moraes
Durante posse como presidente do TSE, Moraes fez discurso com citações aos mortos na pandemia, aos desempregados e à fome
Brasília|Alan Rios, do R7, em Brasília
O ministro Alexandre de Moraes afirmou que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não vai tolerar milícias pessoais ou digitais nas eleições deste ano. A declaração foi a primeira dele como presidente do TSE. Eleito nesta terça-feira (14), ele fez um discurso com citações aos mortos pela pandemia, aos desempregados e à fome no Brasil.
"Nossos eleitores não merecem a proliferação de discurso de ódio, de notícias fraudulentas e da criminosa tentativa de cooptação por coação e medo de seus votos por verdadeiras milícias digitais. A Justiça eleitoral não vai tolerar que milícias pessoais ou digitais desrespeitem a vontade soberana do povo e atentem contra a democracia no Brasil", disse o ministro.
Moraes avaliou o atual cenário do país como um recomeço pós-pandemia. "Momento de reconstrução espiritual e econômica do Brasil, após a morte de mais de 668 mil pais, mães, avós, filhos, filhas, maridos, mulheres, pela terrível pandemia e suas nefastas consequências para mais de 11 milhões de desempregados e a fome atingindo 33 milhões de brasileiros", ressaltou.
O novo presidente do TSE finalizou o discurso de posse ressaltando que "os brasileiros merecem esperança", propostas e projetos sérios. Ele ainda afirmou que o Brasil tem uma das quatro maiores democracias do mundo, junto com Estados Unidos, Índia e Indonésia, mas que é a "única democracia em que os resultados são proclamados no mesmo dia das eleições", com clareza, transparência, segurança e respeito à soberania popular.
Enaltecendo as urnas, Moraes lembrou que quatro presidentes foram escolhidos por meio desse sistema eletrônico, o que demonstra seu sucesso, sua transparência e sua confiabilidade.