'Ufa! Nunca fiz questão de exercer', diz Araújo após ser retirado da campanha de Doria
Presidente nacional do PSDB foi substituído no cargo de coordenador-geral por Marco Vinholi nesta sexta-feira (15)
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
Após ser retirado do comando da coordenação da campanha do ex-governador João Doria ao Palácio do Planalto nas eleições deste ano, o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, afirmou nesta sexta-feira (15) que nunca fez questão de exercer o cargo.
"Ufa! Comando que nunca fiz questão de exercer. Aliás, ele sabe as circunstâncias em que e o porquê 'aceitei' à época. Aliás, objetivo cumprido", escreveu Araújo nas redes sociais.
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Mais cedo, a equipe da campanha de Doria anunciou a substituição de Araújo pelo presidente do partido em São Paulo, Marco Vinholi. De acordo com o comunicado, a substituição foi porque o presidente nacional do PSDB "relativizou" a candidatura do ex-governador paulista.
"Araújo, que é presidente nacional do PSDB, havia sido convidado por Doria para a função. Mas, em recentes manifestações durante entrevistas e encontros empresariais, relativizou a candidatura de Doria — que venceu democraticamente as prévias do partido em novembro. Essa postura, considerada pouco agregadora, motivou a decisão", diz a nota.
No início deste mês, Araújo não garantiu Doria como o candidato do partido na eleição presidencial deste ano. Um dia antes, ele havia escrito uma carta em que afirmava que o paulista tinha legitimidade para concorrer ao Palácio do Planalto, mas voltou atrás.
Segundo Araújo, "na política tem algo que vale mais do que papel e carta, que são os fatos e acontecimentos". O dirigente do partido comentou que a carta dele serviu apenas como um instrumento para dar estabilidade. Araújo ainda reconheceu que Doria encontra dificuldades internas no PSDB e disse que cabe ao ex-governador trabalhar para superar essas divergências.
De acordo com o presidente nacional do partido, a candidatura do PSDB vai levar tempo para ser definida, sobretudo porque a legenda negocia com o União Brasil e o MDB a construção de uma coligação para a corrida presidencial, a chamada terceira via — a promessa é chegar a um consenso até 18 de maio.