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Uma em cada quatro pessoas no Distrito Federal está em algum grau de insegurança alimentar

Em 21% dos lares na capital do país, há algum nível de preocupação sobre se haverá alimentos suficientes para todos da família no futuro

Brasília|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília

Incerteza na alimentação
aflige 21% dos lares do DF
Incerteza na alimentação aflige 21% dos lares do DF Incerteza na alimentação aflige 21% dos lares do DF

Um levantamento do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) mostra que 24,57% das pessoas que residem no DF estão em algum grau de insegurança alimentar — o que corresponde a aproximadamente 720 mil moradores da capital do país. Em outro cálculo, a mesma pesquisa mostra que 21% das casas do DF se encontram em insegurança alimentar, com variados graus de severidade.

O estudo do IPEDF também revela que, em 41,9% das residências com pessoas com deficiência, há a percepção, em algum grau, de insegurança alimentar. O levantamento mostra, ainda, que a maioria dos domicílios nessa situação (32%) apresenta configuração monoparental feminina.

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A Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal afirma, por meio de nota, que o DF possui uma das maiores redes de segurança alimentar do Brasil, com diversos programas sociais, como Prato Cheio, Auxílio Gás, Cesta Verde e os restaurantes comunitários, que disponibilizam refeições por até R$ 1.

Diferença entre regiões administrativas retrata desigualdade

Nas regiões administrativas (RAs) consideradas pelo estudo do IPEDF como de baixa renda — de R$ 2.800 (Brazlândia, Fercal, Itapoã, Paranoá, Planaltina, Recanto das Emas, Riacho Fundo II, Sol Nascente/Pôr do Sol, São Sebastião, Scia/Estrutural e Varjão) — , 35,7% dos domicílios se encontram em insegurança alimentar.

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Esse percentual cai para 3,4% nas RAs de alta renda (Águas Claras, Jardim Botânico, Lago Norte, Lago Sul, Park Way, Plano Piloto e Sudoeste/Octogonal), nas quais o rendimento médio das famílias gira em torno de R$ 15 mil.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a renda domiciliar per capita inferior a meio salário mínimo está abaixo da linha de pobreza: no DF, mais da metade (58,5%) das pessoas em situação de pobreza se encontra em insegurança alimentar, sendo 28,2% em grau leve, 13,1%, moderado e 17,2%, grave. 

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Níveis de insegurança alimentar

A Escala Brasileira de Segurança Alimentar (Ebia) divide a insegurança alimentar entre:

leve: preocupação ou incerteza quanto ao acesso aos alimentos no futuro; qualidade inadequada dos alimentos resultantes de estratégias que visam não comprometer a quantidade de alimentos;

moderada: quando há redução quantitativa de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentos resultantes de falta destes entre os adultos;

grave: quando ocorre redução quantitativa de alimentos entre as crianças e/ou ruptura nos padrões de alimentos resultantes da falta destes entre as crianças; fome (quando alguém fica o dia inteiro sem comer por falta de dinheiro para comprar alimentos).

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