Universitários do DF desenvolvem teste para detecção do vírus da Chikungunya
Parceria entre CEUB e UnB oferece exame com opção mais simples para manipulação e menor custo para a confecção dos kits
Brasília|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília
Alunos de ciências biológicas do Centro Universitário de Brasília (CEUB), em parceria com o Laboratório de Virologia da Universidade de Brasília (UnB), desenvolveram testes moleculares capazes de detectar o vírus da chikungunya, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e Aedes albopictus.
Segundo os pesquisadores, o exame oferece uma opção mais simples para manipulação e menor custo financeiro para a confecção dos kits. O objetivo do estudo é melhorar as formas de prevenção, de diagnóstico e de tratamento das doenças virais no Brasil.
"A partir deste estudo, podemos propor o desenvolvimento de kits de diagnósticos específicos para este vírus com uma estratégia molecular diferente da que existe no mercado, com biotecnologia desenvolvida no país", afirmou a orientadora acadêmica do projeto, a professora doutora Anabele Azevedo Lima.
De acordo com um dos estudantes responsáveis pela pesquisa, Vinícius Diniz, os testes demonstraram alta precisão na detecção do vírus. O autor ainda destacou que a motivação para o desenvolvimento é o problema de saúde pública enfrentado pelo Brasil.
"Atualmente não existem medidas efetivas de combate ao vírus. O que existe hoje, de forma predominante, é apenas o combate ao mosquito", afirmou.
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Chikungunya no DF
De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, foram notificados 790 casos prováveis da doença este ano, entre janeiro e outubro.
A pasta informou que as regiões que mais apresentaram casos foram Plano Piloto, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia e Águas Claras.
A chikungunya é uma doença viral que começou a circular no Brasil em 2014. Os principais sintomas são febre alta, dores nas articulações e manchas vermelhas na pele.