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R7 Brasília

Veja dicas de especialistas para controlar finanças e começar bem o ano de 2025

Especialistas explicam importância de planejamento financeiro e alertam para golpes e preços abusivos

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

Especialistas orientam a como controlar finanças Marcello Casal JrAgência Brasil - arquivo

O começo do ano pode ser um desafio para a vida financeira. É nesse período que chega as contas do cartão de crédito com os gastos do recesso do Natal e réveillon, junto aos reajustes nas mensalidades e matrículas escolares, aumento no valor da academia, cobrança do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotivos) e IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). Somado a tudo isso, ainda há o risco de cair na prática de preços abusivos. Para ajudar, o R7 ouviu especialistas para orientar os consumidores a como começar bem o ano de 2025.

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Para o economista e educador financeiro Francisco Rodrigues, é importante fazer uma reflexão no início do ano. “As finanças do começo do ano são sempre um desafio. E aqui eu oriento a uma reflexão dos pontos positivos e negativos, uma avaliação sobre onde a pessoa acertou e onde errou, onde se desequilibrou e onde extrapolou nos gastos durante o ano passado. Após essas reflexões, é necessário decidir se relacionar melhor com o dinheiro e planejar todos os gastos”, explicou.

Rodrigues pontua que o começo do ano é marcado por reajustes. “O que podemos recomendar para controlar as finanças é gastar com consciência, evitar compras a longo prazo, e não incorporar os limites do cartão de crédito e do cheque especial no dia a dia. Viver dentro do padrão que o seu salário e a sua renda permite”, observou.

Para o economista, nos casos em que é possível negociar, vale a pena o consumidor se preparar para pedir um desconto. “É muito importante a pessoa olhar para a sua realidade, ser franco com as empresas e as pessoas para chegar a um possível acordo. E antes de negociar, se preparar para esse momento”, sugeriu.


O educador financeiro acrescenta que é necessário também controlar os gastos com lazer e refeições fora de casa, assim como monitorar o uso do cartão de crédito. “O que se precisa ter em mente para um 2025 controlado é decidir ter uma melhor relação com o dinheiro, não comprar por impulso e ter consciência de que o ano pode ser desafiador financeiramente”, alertou.

Revisão judicial

O especialista em direito do consumidor Stefano Ribeiro Ferri explica que no caso de aluguéis, por exemplo, a lei prevê reajustes estabelecidos no contrato, que geralmente seguem o IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado) ou o IPCA (Índice Nacional de Preços de Consumidor Amplo).


“No entanto, os consumidores podem revisar o contrato e negociar com o locador em caso de aumento excessivo. Se não for possível a negociação e o reajuste acabar colocando o consumidor em uma situação de onerosidade excessiva, causando um desequilíbrio contratual, a cláusula pode ser objeto de revisão judicial, a depender do caso”, explicou.

No caso de mensalidades escolares, por exemplo, as escolas têm o direito de reajustar os valores conforme contrato, mas devem justificar os aumentos com base em planilhas de custos, “conforme prevê a lei nº 9.870/99”. “Além disso, o reajuste também somente pode ocorrer uma vez a cada doze meses”, disse.


Atenção aos golpes

O advogado alerta em relação aos golpes virtuais que costumam aumentar nesta época do ano, como de boletos falsos e promoções fraudulentas. “Nos boletos sempre confira se o nome do beneficiário e o CNPJ/Razão Social do emissor correspondem ao fornecedor. Evite acessar boletos enviados por e-mail ou WhatsApp; prefira gerá-los diretamente no site oficial do fornecedor”, declarou.

Em relação aos links, durante as compras de materiais escolares ou itens de verão, por exemplo, o advogado cita que muitos sites oferecem “ofertas imperdíveis”, mas que, na verdade, podem ser golpes. “Por isso, é importante verificar se o site é confiável, checando o CNPJ e o domínio (evite sites terminados em ‘.net’ ou de URL suspeita). Golpistas também costumam enviar mensagens sobre ‘dívidas vencidas’ ou ‘revisões de cadastro’. Por isso, vale lembrar que bancos e instituições financeiras nunca solicitam dados pessoais ou senhas, por nenhum meio”, alertou.

Ferri acrescenta também o cuidado com a clonagem das redes sociais. “Cuidado ao receber mensagens de conhecidos solicitando transferências bancárias. Sempre confirme a identidade da pessoa por outro meio”, finaliza.

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