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Veja os 80 nomes que estão na lista de pedidos de indiciamento da CPI

No total, são 78 pessoas e duas empresas. Documento será votado nesta terça-feira. Governistas leram voto em separado

Brasília|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

Relatório final é votado nesta terça-feira (26) e indica o fim dos trabalhos da comissão
Relatório final é votado nesta terça-feira (26) e indica o fim dos trabalhos da comissão

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 vota nesta terça-feira (26) o relatório final elaborado pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL). No total, é sugerido o indiciamento de 78 pessoas e duas empresas, incluindo o presidente Jair Bolsonaro, quatro ministros, deputados e um senador integrante da CPI.

Após reunião do grupo majoritário da comissão na última segunda-feira (25), Calheiros acrescentou dez nomes, além dos que já estavam no relatório lido na semana passada. Nesta terça, também houve a inclusão, logo no início da sessão, do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e do ex-secretário de Saúde do estado Marcellus Campêlo. 

VEJA ABAIXO VÍDEO COM AS TRETAS DA CPI

A inclusão dos nomes foi um pedido do senador Eduardo Braga (MDB-AM), que havia apresentado um voto em separado no qual pedia o indiciamento apenas dos dois e votava pela rejeição do relatório de Calheiros. Com a inclusão deles no relatório, Braga retirou o voto em separado e deve votar de forma favorável ao relatório.


Durante a sessão, Calheiros acrescentou o nome do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) ao documento. Integrante da comissão, Heinze foi apontado como responsável por incitação ao crime devido à divulgação de informações falsas no âmbito da pandemia. Entretanto, senadores decidiram retirá-lo da lista mais tarde.

Confira todos os nomes e crimes atribuídos a eles pela CPI:


1) Jair Messias Bolsonaro — presidente da República. Crimes: epidemia com resultado morte; infração de medida sanitária preventiva; charlatanismo; incitação ao crime; falsificação de documento particular; emprego irregular de verbas públicas; prevaricação; crimes contra a humanidade nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos, do Tratado de Roma; violação de direito social; e incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo, sendo os dois últimos considerados crimes de responsabilidade.

2) Eduardo Pazuello — ex-ministro da Saúde. Crimes: epidemia com resultado morte; emprego irregular de verbas públicas; prevaricação; comunicação falsa de crime; crimes contra a humanidade nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos, do Tratado de Roma.


3) Marcelo Queiroga — ministro da Saúde. Crimes: epidemia com resultado morte e prevaricação. 

4)Onyx Lorenzoni — ministro do Trabalho e Previdência. Crimes: incitação ao crime e crimes contra a humanidade nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos, do Tratado de Roma.

5) Ernesto Araújo — ex-ministro das Relações Exteriores. Crimes: epidemia com resultado morte e incitação ao crime.

6) Wagner Rosário — ministro-chefe da Controladoria-Geral da União. Crime: prevaricação.

7) Antônio Elcio Franco Filho — ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde. Crimes: epidemia com resultado morte e improbidade administrativa.

8) Mayra Isabel Correia Pinheiro — secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Crimes: epidemia com resultado morte e crime contra a humanidade.

9) Roberto Ferreira Dias — ex-diretor de logística do Ministério da Saúde. Crimes: corrupção passiva, formação de organização criminosa e improbidade administrativa. 

10) Cristiano Alberto Hossri Carvalho — representante da Davati no Brasil. Crime: corrupção ativa.

11) Luiz Paulo Dominghetti Pereira — apontado como vendedor autônomo de vacinas da Davati. Crime: corrupção ativa.

12) Rafael Francisco Carmo Alves — intermediador nas tratativas da Davati. Crime: corrupção ativa.

13) José Odilon Torres da Silveira Júnior — intermediador nas tratativas da Davati. Crime: corrupção ativa.

14) Marcelo Blanco da Costa — ex-assessor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde e intermediador nas tratativas da Davati. Crime: corrupção ativa.

15) Emanuela Batista de Souza Medrades — diretora-executiva e técnica farmacêutica da empresa Precisa Medicamentos. Crimes: falsidade ideológica, uso de documento falso, fraude processual, formação de organização criminosa e improbidade administrativa.

16) Túlio Silveira — consultor jurídico da empresa Precisa Medicamentos. Crimes: falsidade ideológica, uso de documento falso e improbidade administrativa.

17) Airton Antonio Soligo — ex-assessor especial do Ministério da Saúde. Crime: usurpação de função pública.

18) Francisco Emerson Maximiano — sócio da empresa Precisa Medicamentos. Crimes: falsidade ideológica, uso de documento falso, fraude processual, fraude em contrato, formação de organização criminosa e improbidade administrativa. 

19) Danilo Berndt Trento — sócio da empresa Primarcial Holding e Participações Ltda. e diretor de relações institucionais da Precisa. Crimes: fraude em contrato, formação de organização criminosa e improbidade administrativa.

20) Marcos Tolentino da Silva — advogado e suposto sócio oculto da empresa Fib Bank. Crimes: fraude em contrato, formação de organização criminosa e improbidade administrativa. 

21) Ricardo José Magalhães Barros — deputado federal pelo PP e líder do governo na Câmara. Crimes: incitação ao crime, advocacia administrativa, formação de organização criminosa e improbidade administrativa.

22) Flávio Bolsonaro — senador da República pelo Patriotas e filho do presidente Bolsonaro. Crime: incitação ao crime. 

23) Eduardo Bolsonaro — deputado federal pelo PSL e filho do presidente Bolsonaro. Crime: incitação ao crime.

24) Bia Kicis — deputada federal pelo PSL, aliada de Bolsonaro. Crime: incitação ao crime.

25) Carla Zambelli — deputada federal pelo PSL. Crime: incitação ao crime.

26) Carlos Bolsonaro — vereador do Rio de Janeiro pelo Republicanos e filho do presidente Bolsonaro. Crime: incitação ao crime.

27) Osmar Gasparini Terra — deputado federal pelo MDB, aliado de Bolsonaro. Crimes: epidemia com resultado morte e incitação ao crime.

28) Fábio Wajngarten — ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) do governo federal. Crimes: prevaricação e advocacia administrativa.

29) Nise Hitomi Yamaguchi — médica supostamente participante do gabinete paralelo. Crime: epidemia com resultado morte.

30) Arthur Weintraub — ex-assessor da Presidência da República e supostamente participante do gabinete paralelo. Crime: epidemia com resultado morte.

31) Carlos Wizard Martins — empresário e supostamente participante do gabinete paralelo. Crimes: epidemia com resultado morte e incitação ao crime.

32) Paolo Marinho de Andrade Zanotto — biólogo e supostamente participante do gabinete paralelo. Crime: epidemia com resultado morte.

33) Antônio Jordão de Oliveira Neto — biólogo e supostamente participante do gabinete paralelo. Crime: epidemia com resultado morte.

34) Luciano Dias Azevedo — médico e supostamente participante do gabinete paralelo. Crime: epidemia com resultado morte.

35) Mauro Luiz de Brito Ribeiro — presidente do Conselho Federal de Medicina (CRM). Crime: epidemia com resultado morte. 

36) Walter Souza Braga Netto — ministro da Defesa e ex-ministro-chefe da Casa Civil. Crime: epidemia com resultado morte. 

37) Allan Lopes dos Santos — blogueiro suspeito de disseminar fake news. Crime: incitação ao crime. 

38) Paulo de Oliveira Eneas — editor do site Crítica Nacional, suspeito de disseminar fake news. Crime: incitação ao crime.

39) Luciano Hang — empresário suspeito de disseminar fake news. Crime: incitação ao crime. 

40) Otávio Oscar Fakhoury — empresário suspeito de disseminar fake news. Crime: incitação ao crime.

41) Bernardo Kuster — diretor do Jornal Brasil sem Medo, suspeito de disseminar fake news. Crime: incitação ao crime.

42) Oswaldo Eustáquio — blogueiro suspeito de disseminar fake news. Crime: incitação ao crime.

43) Richards Pozzer — artista gráfico supeito de disseminar fake news. Crime: incitação ao crime.

44) Leandro Ruschel — jornalista suspeito de disseminar fake news. Crime: incitação ao crime.

45) Carlos Jordy — deputado federal pelo PSL, aliado do presidente Bolsonaro. Crime: incitação ao crime.

46) Filipe Martins — assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República. Crime: incitação ao crime.

47) Técio Arnaud Tomaz — assessor especial da Presidência da República. Crime: incitação ao crime.

48) Roberto Goidanich — ex-presidente da Fundação Alexandre de Gusmão (Funag). Crime: incitação ao crime.

49) Roberto Jefferson — político suspeito de disseminar fake news. Crime: incitação ao crime.

50) Hélcio Bruno de Almeida — presidente do Instituto Força Brasil (IFB). Crime: incitação ao crime.

51) Raimundo Nonato Brasil — sócio da empresa VTCLog. Crimes: corrupção ativa e improbidade administrativa.

52) Andreia da Silva Lima — diretora-executiva da empresa VTCLog. Crimes: corrupção ativa e improbidade administrativa.

53) Carlos Alberto de Sá — sócio da empresa VTCLog. Crimes: corrupção ativa e improbidade administrativa.

54) Teresa Cristina Reis de Sá — sócia da empresa VTCLog. Crimes: corrupção ativa e improbidade administrativa.

55) José Ricardo Santana — ex-secretário da Anvisa. Crime: formação de organização criminosa.

56) Marconny Nunes Ribeiro Albernaz de Faria — lobista. Crime: formação de organização criminosa.

57) Daniella de Aguiar Moreira da Silva — médica da Prevent Senior. Crime: tentativa de homicídio.

58) Pedro Benedito Batista Júnior — diretor-executivo da Prevent Senior. Crimes: perigo para a vida ou saúde de outrem, omissão de notificação de doença, falsidade ideológica e crime contra a humanidade.

59) Paola Werneck — médica da Prevent Senior. Crime: perigo para a vida ou saúde de outrem.

60) Carla Guerra — médica da Prevent Senior. Crimes: perigo para a vida ou saúde de outrem e crime contra a humanidade.

61) Rodrigo Esper — médico da Prevent Senior. Crimes: perigo para a vida ou saúde de outrem e crime contra a humanidade.

62) Fernando Oikawa — médico da Prevent Senior. Crimes: perigo para a vida ou saúde de outrem e crime contra a humanidade.

63) Daniel Garrido Baena — médico da Prevent Senior. Crime: falsidade ideológica.

64) João Paulo Barros — médico da Prevent Senior. Crime: falsidade ideológica.

65) Fernanda de Oliveira Igarashi — médica da Prevent Senior. Crime: falsidade ideológica.

66) Fernando Parrillo — dono da Prevent Senior. Crimes: perigo para a vida ou saúde de outrem, omissão de notificação de doença, falsidade ideológica e crime contra a humanidade.

67) Eduardo Parrillo — dono da Prevent Senior. Crimes: perigo para a vida ou saúde de outrem, omissão de notificação de doença, falsidade ideológica e crime contra a humanidade.

68) Flávio Adsuara Cadegiani — médico que fez estudo com proxalutamida. Crime: crime contra a humanidade.

69) Wilson Miranda Lima — governador do Amazonas. Crimes: epidemia com resultado morte, prevaricação e crimes de responsabilidade.

70) Marcellus José Barroso Campêlo — ex-secretário estadual de Saúde do Amazonas. Crime: prevaricação.

71) Heitor Freire de Abreu — ex-subchefe de articulação e monitoramento da Casa Civil e ex-coordenador do Centro de Coordenação das Operações do Comitê de Crise da Covid-19. Crime: epidemia com resultado morte.

72) Marcelo Bento Pires — assessor do Ministério da Saúde. Crime: advocacia administrativa.

73) Alex Lial Marinho — ex-coordenador de logística do Ministério da Saúde. Crime: advocacia administrativa.

74) Thiago Fernandes da Costa — assessor técnico do Ministério da Saúde. Crime: advocacia administrativa.

75) Regina Célia Oliveira — fiscal de contrato no Ministério da Saúde. Crime: advocacia administrativa.

76) Hélio Angotti Netto — secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em saúde, do Ministério da Saúde. Crimes: epidemia com resultado morte e incitação ao crime.

77) José Alves Filho — dono do Grupo José Alves, do qual faz parte a Vitamedic. Crime: epidemia com resultado morte.

78) Amilton Gomes de Paula — reverendo Amilton. Crime: tráfico de influência.

79) Precisa Comercialização de Medicamentos. Crime: ato lesivo à administração pública.

80) VTC Operadora Logística VTCLog.  Crime: ato lesivo à administração pública.

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