A anulação das provas do acordo de leniência da Odebrecht, determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli nesta quarta-feira (6), repercutiu entre as autoridades políticas. As provas, que foram usadas para embasar a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foram obtidas durante uma força-tarefa da Operação Lava Jato, coordenada pelo então juiz Sergio Moro. Veja as repercussões abaixo:• Compartilhe esta notícia no WhatsApp • Compartilhe esta notícia no Telegram Nas redes sociais, o líder da oposição na Câmara dos Deputados, Carlos Jordy (PL), discordou da decisão. “Agora só falta mandar o estado brasileiro ressarcir o dinheiro da corrupção devolvido por empreiteiras. É isso que acontece quando se indica um amigo para o Supremo”, disse. Sergio Moro também se pronunciou e afirmou que “a corrupção nos governos do PT foi real, criminosos confessaram e mais de R$ 6 bilhões foram recuperados para a Petrobras. Esse foi o trabalho da Lava Jato, dentro da lei, com as decisões confirmadas durante anos pelos Tribunais Superiores”. Já Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso, disse que a história está sendo passada a limpo. O vice-líder do governo na Câmara, Rogério Correia (PT), ressaltou a fala de Toffoli em que o ministro classificou a prisão de Lula como "um dos maiores erros judiciários da história do país" e citou também uma possível “perseguição”. Por sua vez, o deputado federal Orlando Silva declarou nas redes sociais que “a Lava-Jato foi a maior fraude processual de todos os tempos" e acrescentou que "o combate à corrupção instrumentalizado para justificar golpes políticos é recorrente na história brasileira". O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que vai encaminhar à Polícia Federal a decisão assim que a pasta receber o documento para o cumprimento da determinação de apuração de responsabilidade criminal de agentes públicos. Os deputados federais Zeca Dirceu (PT) e Gleisi Hoffmann (PT) também comentaram nas redes sociais. “Decisão exemplar do ministro Toffoli confirma o que sempre dissemos sobre a farsa da Lava Jato”, disse Gleisi. Já Dirceu afirmou que a decisão do ministro foi “acertada”.