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Venezuela oficia Itamaraty para que entregue embaixada argentina em Caracas

Diplomatas brasileiros são responsáveis pela embaixada desde 1º de agosto, quando embaixador argentino foi expulso por Maduro

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília e Natália Martins, RECORD, em Brasília

Venezuela monta cerco em torno de embaixada argentina Reprodução/:Redes Sociais: @convzlacomando - 07.09.2024

Após forças de segurança venezuelanas cercarem a embaixada da Argentina em Caracas na noite desta sexta-feira (6), o governo de Nicolás Maduro, enviou ao Itamaraty ofício para revogar a custódia do Brasil sobre a embaixada argentina. A embaixada estava sob a responsabilidade dos diplomatas brasileiros desde 1ª de agosto, quando o embaixador argentino foi expulso da Venezuela. Segundo fontes do Itamaraty ouvidas pelo R7, o Brasil respondeu formalmente que não vai entregar a custódia até que tenha outro país indicado para cuidar dos interesses argentinos na embaixada.

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O movimento de Maduro foi relatado pelas redes sociais de Pedro Urruchurtu Noselli, coordenador internacional da líder da oposição María Corina Machado. Desde sexta-feira a noite ele compartilha que patrulhas e funcionários encapuzados e armados do Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional), a principal agência de inteligência na Venezuela, e da Direção de Ações Estratégicas e Táticas, cercaram a sede diplomática, protegida pelo direito internacional.

Nas redes sociais, Noselli escreveu que o acesso de jornalistas também está restrito, embora a rua não esteja fechada. O R7 também ouviu denúncias de corte do serviço elétrico da Embaixada da Argentina.

Seis opositores da equipe de Corina Machado, incluindo Urruchurtu Noselli, estão asilados na representação diplomática argentina desde o dia 20 de março. Quando o Brasil assumiu a custódia da sede diplomática, a embaixada brasileira assumiu a proteção dos opositores e a integridade dos documentos e física do prédio.

Caracas rompeu as relações diplomáticas com a Argentina, bem como com outros seis países latinos, “em rejeição às ações e declarações intervencionistas” desses governos após a autoridade eleitoral venezuelana proclamar a reeleição de Maduro.

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