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R7 Brasília

Vídeo: gritaria e bate-boca entre parlamentares marcam sessão da CPMI do 8 de Janeiro

Relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), mandou deputado 'calar a boca' após confusão com parlamentar do PL

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI do 8 de Janeiro
Senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI do 8 de Janeiro

Um bate-boca entre os parlamentares motivou a suspensão do depoimento do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de Janeiro(veja vídeo abaixo). A confusão começou quando a relatora do colegiado, Eliziane Gama (PSD-MA), perguntou a Vasques sobre uma condenação contra ele por ter agredido um frentista de um posto de gasolina, em 2012. Pouco tempo depois, a situação foi normalizada, e a sessão retornou. 

A pergunta irritou parlamentares da oposição, que alegaram que Eliziane estaria tentando persuadir Vasques a responder a perguntas sem relação com os atos antidemocráticos. "Ela está pressionando o depoente", afirmou o deputado Delegado Éder Mauro (PL-PA).

"Eu não vou aceitar que parlamentar nenhum aqui tente cercear minha voz. Deputado, vossa excelência nem é integrante desta comissão. Então, simplesmente se cale, porque neste momento quem está falando é a relatora. Vá gritar em outro lugar. Cale a sua boca", respondeu Eliziane. 

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O questionamento causou um bate-boca generalizado entre parlamentares do governo e da oposição, o que fez com que o presidente do colegiado, Arthur Maia (União-BA), suspendesse a reunião por cinco minutos. "Não vou permitir essa balbúrdia", disse Maia.


Depoimento de Silvinei Vasques

Quem presta depoimento à comissão nesta terça-feira (20) é o ex-diretor-geral da PRF Silvinei Vasques. Ele foi convocado para prestar informações sobre o suposto direcionamento da corporação na região Nordeste no dia do segundo turno das eleições.

Vasques apresentou um dossiê à CPMI, com mais de 300 páginas, sobre a atuação da polícia e afirmou que a corporação sofreu "a maior injustiça já realizada na história".


"Não é verdade que as operações tenham sido direcionadas. Lembrando que as polícias trabalham com georreferenciamento e estatísticas. Então, o Nordeste tem o maior efetivo, a maior rede viária, a segunda maior frota de ônibus e vans do Brasil. No Nordeste também é onde, infelizmente, ocorreu a maior quantidade de prisões sobre crimes eleitorais nas últimas cinco eleições e a maior apreensão de armas de fogo", afirmou.

Em abril, o Ministério da Justiça afirmou que foram constatados três desvios de padrão relacionados à atuação da PRF por ocasião do segundo turno das eleições presidenciais, em 30 de outubro do ano passado.

Leia mais: Em depoimento na CPMI, Vasques nega que tenha direcionado operações da PRF no Nordeste

Um deles mostra que houve maior atuação dos policiais rodoviários federais no Nordeste em comparação às demais regiões. Segundo o ministério, foram fiscalizados 2.185 ônibus no Nordeste no dia 30 de outubro do ano passado; no Centro-Oeste, foram 893 ônibus; na região Sul, 632; no Sudeste, 571; e no Norte, 310.

Segundo Silvinei, no entanto, as operações da PRF no dia do segundo turno não prejudicaram as eleições. "Não existe nenhum brasileiro que deixou de votar nas eleições por causa das abordagens dos policiais rodoviários federais. Nenhum ônibus foi apreendido", disse.

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