Ministro das Relações Exteriores deve representar Lula na posse de Javier Milei, na Argentina
A informação foi repassada pelo Palácio do Planalto na manhã desta terça-feira; o evento será no dia 10, em Buenos Aires
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, vai representar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na posse de Javier Milei como presidente da Argentina. A agenda vai ser realizada em Buenos Aires, em 10 de dezembro. A informação foi repassada pelo Palácio do Planalto na manhã desta terça-feira (5).
Milei enviou um convite a Lula no dia 26 de novembro. O documento foi entregue pessoalmente pela deputada eleita e futura chanceler da Argentina, Diana Mondino, ao ministro das Relações Exteriores. Até o momento, não havia previsão de que o líder brasileiro participasse do evento, uma vez que o novo presidente argentino insultou o petista diversas vezes durante a campanha eleitoral.
Na carta, Milei afirma que os dois países estão "intimamente ligados pela geografia e pela história" e desejou que a continuidade dessa ação conjunta possa se traduzir em laços, crescimento e prosperidade para argentinos e brasileiros. "Sei que você conhece e valoriza plenamente o que este momento de transição significa para o percurso histórico da República Argentina, de seu povo e, naturalmente, para mim e para a equipe de colaboradores que me acompanharão na próxima gestão do governo", escreveu.
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Milei foi o vencedor do segundo turno da eleição presidencial argentina. O candidato da frente La Libertad Avanza obteve aproximadamente 14,5 milhões de votos, o equivalente a 55,65% da preferência do eleitorado.
Apesar de o Brasil ser o principal parceiro comercial da Argentina, Milei afirmou não ter intenção de manter boas relações com o governo de Lula, a quem chamou de corrupto, ladrão, comunista e presidiário. Especialistas afirmam que quem tem mais a perder é a Argentina, uma vez que o Brasil é o maior comprador de produtos do país vizinho.
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O estilo provocativo marcou a campanha de Milei nos últimos meses e atraiu uma parcela dos argentinos, com críticas à política tradicional e propostas radicais para enfrentar a grave crise econômica na Argentina. O país registrou 142,7% de taxa de inflação em 12 meses, a maior desde 1991.