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R7 Brasília

Visitas na Papuda são suspensas depois de apreensão de 90 facas

Justiça, Ministério Público e GDF citam apreensão de dos objetos cortantes que seriam usados em 'possível motim ou rebelião'

Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília

Suspensão das visitas ocorre após apreensão de 90 facas artesanais
Suspensão das visitas ocorre após apreensão de 90 facas artesanais

Em uma nota conjunta, órgãos do sistema prisional do Distrito Federal, da Justiça e do MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios) alertaram para o risco de rebelião no Presídio do DF (PDF 1), unidade do Complexo Prisional da Papuda. De acordo com a mensagem, policiais prisionais apreenderam “cerca de 90 facas artesanais que seriam usadas, ao que tudo indica, em possível ato de motim ou rebelião”. A data da ocorrência não foi divulgada. A visita desta quinta-feira (28) foi suspensa.

Ainda segundo o texto, há “um movimento promovido por um pequeno grupo de presos vinculados a organizações criminosas" que tenta, desde o início do ano, assumir um papel de liderança dos detidos, com a intenção de "subverter a ordem e oprimir os demais”. Esse mesmo grupo estaria fazendo denúncias anônimas que, segundo a nota, “estão sendo devidamente apuradas”.

Assinam o documento o MPDFT, a Vara de Execuções Penais do DF, a Secretaria de Administração Penitenciária do DF e a Defensoria Pública do DF. Presos iniciaram uma greve de fome na última quarta-feira (27) por conta de supostos maus-tratos. Parentes dos encarcerados também têm reclamado do tratamento recebido por eles. Os órgãos que divulgaram a nota argumentam que a suspensão das visitas tem fundamento legal.

A decisão está amparada pelo artigo 41, inciso X, parágrafo único da Lei de Execuções Penais. O trecho afirma que constitui direito do preso "a visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados”. Representantes da Justiça, do MP, e da Defensoria Pública estiveram na Papuda e ouviram os presos. "Não houve sinais ou relatos de excessos contra os presos", afirma o documento.

A restrição do número de visitantes na Papuda ocorre desde o início da pandemia, para evitar um surto de Covid-19 no local. A nota destaca, ainda, que todos os presos, agentes e funcionários do sistema carcerário já foram imunizados. No fim do texto, há a afirmação de que os pleitos dos encarcerados deverão ser levados à Justiça.

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