Voo com 104 deportados dos Estados Unidos chega ao Brasil
Dos repatriados, 14 solicitaram abrigo ao chegarem ao Ceará; outros quatro ficaram sob custódia da Polícia Federal
Brasília|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília
Um novo voo com brasileiros deportados dos Estados Unidos chegou ao Brasil com 104 pessoas nessa sexta-feira (28). Esse foi o quinto grupo a voltar ao país desde que Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos. No voo, estavam 79 homens e 25 mulheres.
O voo com os brasileiros chegou no Aeroporto Internacional de Fortaleza, sendo que 28 deportados decidiram ficar na capital do Ceará. Depois, um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) levou os outros 76 brasileiros ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte.
Dos repatriados, 14 solicitaram abrigo ao chegarem ao Ceará. Outras quatro pessoas tinham restrições com a Justiça brasileira e foram encaminhadas para ficar sob custódia da Polícia Federal.
Um novo esquema para recepção de brasileiros deportados foi pensado após uma polêmica ocorrida em janeiro deste ano, quando 88 brasileiros chegaram ao país com algemas nas mãos e nos pés. Na época, o governo federal condenou a ação do governo americano e pediu a retirada dos objetos.
Após o episódio, o governo montou um esquema com a participação de integrantes de múltiplos ministérios e órgãos federais, incluindo Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Saúde, Relações Exteriores, Defesa e Polícia Federal.
Uma das medidas implementadas pelo Executivo é a disponibilização de uma estrutura de acolhimento provisório com alimentação e acomodação para aqueles que não têm um lugar inicial para ficar.
Além disso, o governo paga passagens para os deportados retornarem às suas cidades de origem.
“A gente conseguiu uma parceria com a Agência Nacional de Transportes Terrestres. Então, conseguimos ofertar transporte que levará esses passageiros até a rodoviária. A agência conseguiu também com empresas de transporte terrestre, transporte gratuito para que essas pessoas possam seguir para os seus destinos”, explicou o gerente de projetos da Secretaria Executiva do Ministério dos Direitos Humanos, Paulo Victor Resende.