Zoo de Brasília recebe casal de lêmures, espécie que inspirou personagem do filme 'Madagascar'
Julien e Pandora vieram de Itatiba (SP), onde tiveram seis filhotes; primata está entre as espécies ameaçadas de extinção
Brasília|Do R7, em Brasília
![Lêmures enviados ao Zoológico de Brasília](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/YUJAGWTSXZKQ3LV5JSHQMAQK2A.jpg?auth=6f54e319cd36b0513bda1a64304858c26a0016f70198ddcab98f3d7a2ae38e8b&width=653&height=439)
O Zoológico de Brasília recebeu um casal adulto de lêmures-de-cauda-anelada, espécie ficou famosa por inspirar o personagem Rei Julien, protagonista do filme de animação "Madagascar". Os animais chegaram a Brasília na última terça-feira (28).
Julien e Pandora vieram do Zoológico de Itatiba (SP), onde tiveram seis filhotes, mas Pandora precisou ser castrada durante uma gestação de risco, mas a expectativa é que o zoo de Brasília receba outra fêmea que possa procriar com Julien.
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Os primatas — do tipo "Lemur Catta" — estão entre as espécies ameaçadas de extinção e dependem de esforços de proteção em cativeiro para não desaparecer. Há uma colaboração entre zoológicos em diversos países para proteger os lêmures e, futuramente, reintroduzi-los na natureza.
Nos próximos dias, os animais ficarão em quarentena. Segundo a diretora de medicina-veterinária do Zoo, Betânia Borges, serão feitos exames para verificar o estado de saúde dos animais. “Tanto no período da manhã quanto no período da tarde, há um técnico que faz a observação deles para analisarmos como está a adaptação aqui no Zoo”, explicou.
Curiosidades sobre a espécie
Existem 19 espécies de lêmures, todas exclusivas da Ilha de Madagascar, no leste da África. O lêmure-de-cauda-anelada é a mais comum em zoológicos pelo mundo, com aproximadamente 2 mil vivendo em cativeiro. A expectativa média de vida em cativeiro é de 33 anos.
Os lêmures-de-cauda-anelada vivem em grupos que são liderados, durante a maior parte do ano, por uma fêmea dominante. A exceção está na época da reprodução, quando os machos começam a disputar as fêmeas. Os grupos se mantêm unidos e defendem o território utilizando uma série de sinais da cauda, cheiros e sons.
Estima-se que a população do lêmure-de-cauda-anelada na natureza diminuiu 90% nos últimos 30 anos na ilha de Madagascar. Em alguns locais, restam menos de 30 espécimes.