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Potente e completo, Citroën DS4 prioriza forma à função

Por R$ 102.990, hatch turbinado tem 165 cavalos de potência e até massageador nos bancos 

Carros|Luiz Betti, do R7


Quando foi apresentado no Salão de Paris, em 1955, o Citroën DS chamou atenção por seu design futurista e tecnologia de ponta, que incluía suspensão pneumática e freios dianteiros a disco. O sucesso foi imediato e, ao fim do evento, a marca já tinha 120 mil encomendas do carro.

Mais de um século depois, a montadora francesa resolveu resgatar os templos de glória e reeditou o modelo em três configurações distintas. As primeiras a chegar por aqui foram o hatch compacto DS3 (R$ 86.990) e o crossover DS5 (R$ 139.990), em 2012. 

Em meados do ano passado, foi a vez do hatch médio DS4 (R$ 102.990), que compartilha com os demais o belo propulsor turbo produzido em parceria com a BMW e foi avaliado por uma semana pelo R7 Carros.

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Ponto forte do DS4, o estilo da carroceria é ousado e criativo, com para-brisa inclinado, teto curvado, maçanetas ocultas nas portas traseiras e vincos estilizados por toda a lataria. Se na dianteira os faróis remetem ao C4 Pallas, atrás as lanternas irregulares, aerofólio e peça cromada que simula duas saídas de escape reforçam o apelo esportivo.


Porém, ele está longe de ser só mais um rostinho agressivo. Debaixo do capô pulsa um motor 1.6 turbo, de 165 cavalos de potência e 24,5 kgfm de torque a baixos 1.400 rpm, gerenciado pelo câmbio automático de seis marchas com opção de trocas na alavanca.

Na cidade, o conjunto trouxe agilidade ao hatch de 1.363 quilos, que mostrou força em arrancadas e excelente sintonia com o câmbio automático de trocas rápidas e suaves, adaptando-se ao modo de condução do motorista.


A suspensão mais firme também agradou, pois aumenta a interação com o veículo sobretudo nas curvas, quando ele ‘cola’ no asfalto mesmo nas entradas mais vigorosas graças a itens de segurança como ESP (controle de estabilidade) e ASR (antipatinagem).

Em relação aos equipamentos, a lista é generosa e vai de faróis de xênon e retrovisores com rebatimento automático a bancos com massageador e porta-luvas climatizado — veja lista completa na ficha técnica abaixo.



No interior do modelo, por sinal, é onde o DS4 revela sua linhagem francesa. Luxuoso e bem acabada, a cabine é revestida basicamente de couro e alumínio, tem comandos a mão do motorista e bancos confortáveis — atrás, porém, há bom espaço apenas para duas pessoas.

Por outro lado, é no habitáculo que ele revela os seus pontos fracos. Apesar de oferecer até massageador, os bancos dianteiros não possuem ajustes elétricos. A central multimídia, por sua vez, não é sensível ao toque.

O maior deslize, contudo, são os vidros traseiros estáticos. Uma concessão ao design cujo ônus entrou na conta dos passageiros que vão atrás. Olhando para a liquidez no mercado, a situação do DS4 também não é das melhores em relação à sólida concorrência alemã.

No acumulado de 2014 até julho, o modelo emplacou só 336 unidades. Em relação aos rivais, Audi A3 (a partir de R$ 93.500) e BMW 116i (R$ 112.950) venderam, respectivamente, 227 e 189 unidades — apenas em maio. Os dados são da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

Isso sem contar outro forte rival: o Volkswagen Golf, cuja versão GTI (R$ 99.950) integra um bolo de 1.393 unidades vendidas em maio — a montadora não divulgou as vendas específicas da versão esportiva. Esses números podem até passar despercebidos se a ideia é ter um carro bem equipado e com design único, mas acabam acendendo a luz vermelha de quem compra carro pensando no valor de revenda.

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