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Testamos o Fiat Uno Sporting com motor 1.3 Firefly

Faltava ao hatch compacto um coração mais vibrante; com o novo motor, não falta mais

Carros|André Schaun, R7


O mercado brasileiro é cheio de carros em que a embalagem fala mais alto que o desempenho. O Fiat Uno é um deles. À exceção do memorável Uno Turbo nascido em meados dos anos 80, os modelos atuais são pura maquiagem. Mas digamos que o novo motor 1.3 Firefly deu uma melhorada significativa na versão Sporting. Faltava ao compacto um coração mais vibrante e divertido.

Para a marca italiana, a mudança veio em ótima hora. Com as mudanças que estão sendo feitas na linha nacional, era importante que o Uno 2017 promovesse a estreia dos motores Firefly — o 1.0 de três cilindros e o 1.3 de quatro cilindros e oito válvulas. Com as atualizações na mecânica, os retoques no visual e alguns equipamentos, o Uno subiu de nível, distanciando-se do Mobi, atual carro de entrada da Fiat.


Mas vamos ao Uno Sporting Firefly 1.3. Nesta versão, o hatch dispões de até 109 cv de potência e 14,7 kgfm de torque com etanol. Na gasolina, rende 101 cv e 13,7 kgfm. O visual é bem chamativo e cheio de enfeites. O modelo atrai olhares por onde passa, seja pela beleza ou pela extravagância. Mas podemos concluir que, de esportivo, tem apenas o nome, os adesivos e demais detalhes de estilo.

A versão traz alguns itens exclusivos na cabine. O acabamento é todo em preto com detalhes em vermelho espalhados por todo o interior. A onda vermelha passa pelo velocímetro, painel de instrumentos com grafismo na cor, volante, maçanetas e nas costuras dos bancos. O painel cor de chumbo tem textura que lembra fibra de carbono, para dar um toque esportivo, fazer jus ao nome — e ajudar os vendedores, afinal é a versão top.


Ao volante, a direção hidráulica deu lugar à elétrica, facilitando as manobras e entregando mais conforto para o motorista. O encosto para o braço do motorista — item de série exclusivo do Sporting — também é um artigo de conforto, que por hora pode atrapalhar em algumas mudanças de marcha tendo o movimento dos braços limitado. O item é mais recomendado para viagens, quando a troca de marcha não é constante. O rádio integrado ao painel oferece entrada USB/AUX e Bluetooth, mas é pago à parte (Kit Tech).

Por falar nisso, a versão Sporting que testamos contém todos os opcionais disponíveis, como os controles eletrônicos de estabilidade e de tração, assistência de saída em rampa (mantém os freios acionados para o carro não descer nas subidas), retrovisores externos elétricos com setas integradas e rebatimento automático no direito ao acionar a marcha à ré, vidros elétricos traseiros com acionamento por um toque e antiesmagamento, chave canivete e alarme. Todos esses itens adicionam R$ 3.700 ao preço final.



O moderno sistema start/stop — que consiste em desligar o carro nos faróis e paradas curtas — é de série nesta versão do Uno. Pode ser desativado por um botão no painel, para quem acha o mecanismo desconfortável e até traiçoeiro — pode fazer o carro morrer em algumas ocasiões, principalmente quando passamos a primeira marcha de maneira mais rápida na saída do semáforo. Mas o sistema realmente ajuda a poupar combustível. Nos números do Inmetro com etanol, a média é 9,3 km/l na cidade — sem o start/stop o modelo faz cerca de um 1 km/l a menos.

No visual, o Uno ganhou dois filetes entre o capô e o para-choque dianteiro (também em vermelho), os faróis de neblina foram remodelados e o para-choque recebeu novas entradas de ar. Na traseira, as lanternas mantiveram o estoli, com superfícies quadradas que dão aspecto tridimensional. Já as rodas de 15 polegadas têm desenho diferenciado e pneus exclusivos, mais largos para assentar melhor o carro nas curvas. Por fim, os frisos laterais ganharam desenho exclusivo da linha Sporting.


Vamos ao que mais interessa, o desempenho. A direção elétrica torna a dirigibilidade mais suave, seja para fazer curvas ou para manobrar na hora de estacionar, inclusive tem o modo City, acionado por um botão no painel, que aumenta em 50% a leveza dos movimentos. A resposta na aceleração é rápida e agradável, e em altas velocidades a suspensão mais dura aliada ao jogo mais largo de pneus da versão firmam bem o hatch no asfalto, enquanto os controles de tração e estabilidade fazem o trabalho de manter o Uno na linha.

Outro detalhe importante é a direção elétrica progressiva, que ganha peso conforme a velocidade sobe, realçando a sensação de firmeza e segurança. O consumo na cidade pode chegar a 12,9 km/l (gasolina), mas o quesito decepcionou um pouco. Nossa média ficou abaixo dos números oficiais. Em subidas íngremes, o Uno surpreende com ótimo fôlego, mas, dependendo do fluxo de automóveis e de redução de velocidade, quando perde o embalo demora um pouco a retomar. Contudo, no geral, o novo motor atendeu as expectativas. Além de mais seguro e econômico, o novo Uno Sporting ficou bem mais divertido.

FICHA TÉCNICA

Fiat Uno Sporting 1.3 Firefly flex M/T

Motor: 1.3, quatro cilindros, 8 válvulas, flex

Potência: 101 cv (G) a 6.000 rpm e 109 cv (E) a 6.250 rpm

Torque: 13,7 kgfm (G) e 14,2 kgfm (E) a 3.500 rpm

Câmbio: manual, 5 marchas; tração dianteira

Suspensão: Independente McPherson na frente, eixo de torção atrás

Freios: Discos sólidos na frente, tambores atrás

Peso: 1.055 kg (ordem de marcha)

Dimensões: 3,82 m (comprimento), 1,67 m (largura), 1,48 m (altura), 2,37 m entre-eixos

Tanque de combustível: 48 litros

Porta-malas: 290 litros

Aceleração 0-100 km/h: 9,8 segundos (etanol)

Velocidade Máxima: 177 km/h

Consumo urbano: 9,2 km/l (E) e 12,9 km/l (G)

Consumo rodoviário: 10,1 km/l (E) e 14 km/l (G)

Principais equipamentos

Preço sugerido: A partir de R$ 49.340

Preço da unidade testada: R$ 53.690

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