‘A impunidade alimenta esse tipo de crime’, afirma especialista sobre casos de feminicídio
Capital paulista bateu recorde de violência contra a mulher para um ano: 53 casos foram registrados entre janeiro e outubro
Cidades|Do R7
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Mesmo antes do fim de 2025, a cidade de São Paulo já bateu o recorde de feminicídios para um ano. Entre os meses de janeiro e outubro foram 53 casos, o maior número desde que as ocorrências começaram a ser contabilizadas, em 2015.
Em entrevista ao Jornal da Record News, a professora doutora Silvana Mariano, coordenadora do laboratório de estudos sobre feminicídios da UEL (Universidade Estadual de Londrina), destaca que esses crimes resultam de falhas nos sistemas de segurança e de proteção social.

Segundo ela, aproximadamente 80% dos casos registrados no Brasil acontecem em contextos de relacionamentos familiares e íntimos. “Elas podem ser prevenidas, elas podem ser evitadas. Cada feminicídio nesse aspecto é uma falha do sistema de segurança, é uma falha de toda a rede de proteção, muitas vezes é uma falha nossa como sociedade”, afirma.
Silvana aponta que dados da violência contra mulheres estão sendo mais reais devido à maior precisão na classificação desses crimes pelas autoridades brasileiras. “Quando a gente observa o gráfico como anterior, que apontava em 2015 seis feminicídios, isso está muito longe da nossa realidade”, acrescenta.
Ao analisar os caminhos para enfrentar este problema, a especialista ressalta a necessidade de aumentar a pena do agressor e adotar pelo menos três linhas principais de combate: “A prevenção do feminicídio, a punição e a restituição de direitos [à vítima]”.
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Segundo a professora, Brasil e América Latina estão entre as regiões com os piores índices quando o assunto é feminicídio. Apesar dos avanços com a Lei Maria da Penha, muitas mulheres ainda desconhecem seus direitos, o que facilita a manipulação dos agressores.
“A sensibilização e a compreensão do que é a violência, inclusive para que nós mulheres aceitemos menos determinados tratamentos e passemos a entender isso como violência, isso é fundamental para o processo de mudança, assim como também educar os meninos, educar os homens para que não pratiquem a violência”, finaliza.
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