Ação da PF confisca R$ 75 milhões em barcos, carros e casas do tráfico
Na ação, 140 policiais cumprem 32 mandados de busca e apreensão em Balneário Camboriú, Barra Velha, São Francisco do Sul, Joinville e Araquari
Cidades|Do R7
A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta terça-feira, 4, a Operação Joias do Oceano, para apurar esquemas de lavagem de dinheiro mantidos por um grupo de traficantes que exportava cocaína para a Europa e outros países por meio dos Portos de Itajaí e Navegantes, em Santa Catarina. As ações também têm como objetivo sequestrar bens móveis e imóveis que totalizam R$ 75 milhões, indica o MPF (Ministério Público Federal).
Na ação, 140 policiais cumprem 32 mandados de busca e apreensão nas cidades de Balneário Camboriú, Barra Velha, São Francisco do Sul, Joinville e Araquari. As ordens foram expedidas pela 1ª Vara Federal Criminal de Itajaí, que determinou ainda a prisão preventiva de um dos principais líderes do grupo, que estava em liberdade condicional desde dezembro de 2017.
Os agentes vão apreender 25 imóveis, 23 veículos automotivos e cinco embarcações, além de maquinário utilizado na logística retroportuária. Segundo a Policia Federal, os bens do grupo teriam sido adquiridos com o dinheiro proveniente do tráfico de drogas.
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Muitos dos imóveis sequestrados são de alto luxo, entre eles apartamentos nos condomínios de Balneário Camboriú, Joinville e São Francisco do Sul, além de casas de campo e salas comerciais, indicou a PF. Os automóveis também seguem este padrão.
A operação é um desdobramento da Operação Oceano Branco e resulta da continuidade de apurações do Ministério Público Federal, da Polícia Federal e da Receita Federal, informou a Procuradoria da República em Santa Catarina.
Segundo a PF, no final de 2017, 35 integrantes da organização criminosa já haviam sido presos, entre eles os chefes do grupo. Na ocasião, foram identificadas remessas de mais de oito toneladas de cocaína para países como Bélgica, Holanda, Itália, Espanha, Turquia e México.
Após as detenções, a investigação apurou que os principais investigados tinham patrimônios milionários em seus nomes e nos de terceiros - parentes, empresas e outros "laranjas". A partir de então, a apuração se voltou para a licitude da aquisição dos bens e nos mecanismos usados para a lavagem do dinheiro do tráfico, apontou a Polícia Federal.
Além das condutas já apuradas, os investigados responderão pelo crime de lavagem de dinheiro, que prevê pena de 3 a 10 anos de prisão, informou a Polícia Federal. Segundo o órgão, os investigados estão sujeito ainda a um aumento de pena de um a dois terços por se tratar de reiteração criminosa.