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AM: em meio a colapso, entidade vai bancar plantões de enfermeiros

Mil plantões de 12 horas, 500 em janeiro e mais 500 em fevereiro serão pagos aos profissionais, sem que estado seja cobrado

Cidades|Clarice Sá e Fabiola Perez, do R7

Profissional do Samu aguarda atendimento de paciente com covid-19 que está dentro da ambulância
Profissional do Samu aguarda atendimento de paciente com covid-19 que está dentro da ambulância

Em meio ao colapso no sistema de saúde do estado do Amazonas, uma associação vai bancar o plantões extras de enfermeiros de urgência e emergência para que seja mantido o atendimento aos pacientes. É o que relata ao R7 Karina Barros, presidente da associação Segeam (Sustentabilidade, Empreendedorismo e Gestão em Saúde do Amazonas), instituição que presta serviço ao governo do estado. 

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"Neste momento todo com muita dificuldade de recursos humanos, nós doamos para a secretaria de Saúde mil plantões de 12 horas", conta Karina. "Cada um que concordar para ajudar neste momento, dará um plantão extra, recebem como extra, tem adicional, hora extra, insalubridade e nós não cobramos por esse plantão na secretaria. Assim, desafoga os próprios colegas que estão trabalhando duro, tendo que fazer muitos atendimentos."

A presidente da associação diz que esta foi a forma mais rápida encontrada para contribuir sem acionar novos recursos humanos. "Está extremamente difícil, uma vez que todos os hospitais estão precisando", detalha. 

Diante da explosão de casos de covid-19 no Estado, Karina afirma que tem despertado às 6h com ligações de moradores de diferentes bairros de Manaus lamentando a morte de familiares. “Tenho ouvido pessoas enterrando pai e mãe ao mesmo tempo. Nessa crise, não existe quem tem mais poder ou status. Nesse momento está tudo mundo nivelado pelas oportunidades de atendimento.”

Segundo ela, há um esforço para dar suporte e apoio aos cerca de mil profissionais da saúde que compõem associação, mas o elevado número de casos de covid-19 aumenta o fluxo de trabalho. “Ainda assim tenho muita esperança e sinto que os enfermeiros também têm, apesar de estarem apavorados. Estão fazendo o que podem.” Segundo ela, a sensação de impotência é constante por “não conseguir impedir que o outro se vá.”

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