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Com 1.900 focos de incêndio por dia, Amazônia concentra metade das queimadas no país

Entre 1º e 16 de setembro, foram registrados 30.278 focos na região; governo articula medidas emergenciais para crise das queimadas

Cidades|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Incêndios na Amazônia Mayangdi Inzaulgarat/Ibama

A Amazônia registrou, em média, 1900 focos de incêndio por dia em setembro. Segundo os dados do sistema BDQueimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a região reuniu metade de todas as queimadas do país no período, totalizando 30.278 focos. O número é 81% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 16.613 incêndios.

Em meio à crise de queimadas que se alastram pelo país, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou uma reunião, nesta terça-feira (17), com os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e com o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, para discutir estratégias de combate ao fogo.

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O Cerrado também apresenta números alarmantes em setembro de 2024, com 21.803 focos de incêndio em setembro, representando 36% do total. A Mata Atlântica registrou 4.886 focos (8%), a Caatinga, tem 1.633 focos (2,7%), e o Pantanal aparece com 1.499 focos de incêndio (2,5%).

Desde o início deste ano, o Brasil já contabilizou 180 mil focos de incêndio, um aumento de 48% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram registrados 87 mil focos entre janeiro e 14 de setembro.


Governo articula ação emergencial

Diante da crise de incêndios florestais, o presidente Lula convocou uma reunião no Palácio do Planalto com a presença dos chefes dos Três Poderes e integrantes do governo para discutir estratégias para enfrentar as queimadas.

A reunião também deve ter a participação do ministro da Casa Civil, Rui Costa; do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski; da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva; do ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha; e do advogado-geral da União, Jorge Messias.


Devido à situação de emergência, interlocutores dos presidentes de Pacheco e Lira, sugerem que possa haver convocação extraordinária para que deputados e senadores votem medidas emergenciais, dependendo das decisões tomadas na reunião no Palácio do Planalto.

Nesta semana, as sessões no Congresso são semipresenciais devido ao período eleitoral, quando a maioria dos parlamentares retorna às suas bases para participar das campanhas.


O governo federal prepara uma MP (Medida Provisória) para liberar cerca de R$ 500 milhões em crédito extraordinário. Além disso, estão previstos R$ 550 milhões para financiar ações emergenciais de combate aos incêndios na Amazônia, Cerrado e Pantanal. A MP está em análise pela Casa Civil deve ser publicada entre terça (17) quarta-feira (18) no Diário Oficial da União.

No domingo (15), o ministro do STF Flávio Dino já havia autorizado a liberação de créditos extraordinários para o combate aos incêndios.

A autorização permite que o governo federal envie a MP ao Congresso com o valor a ser destinado ao combate dos incêndios, em um formato semelhante à medida que liberou R$ 12,2 bilhões para apoiar municípios do Rio Grande do Sul afetados pelas fortes chuvas no início do ano.

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