Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Notícias R7 – Brasil, mundo, saúde, política, empregos e mais

Analfabetismo atinge 31% das pessoas que moram em asilos no Brasil, mostra IBGE

Ao todo, 49,8 mil pessoas que vivem nesses locais não sabem ler nem escrever; contingente também pode incluir funcionários e familiares

Cidades|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília


Brasil tem 161 mil pessoas que vivem em asilos Rafa Neddermeyer/Agência Brasil/Arquivo

Em 2022, o Brasil tinha 160.784 pessoas vivendo em asilos ou outra instituição de longa permanência para idosos. O número representa 19,2% dos 837 mil moradores de residências coletivas e 0,1% da população brasileira. Ao todo, 31% dessas pessoas, aproximadamente 49,8 mil, são analfabetas. É o que diz o Censo Demográfico 2022 - Tipos de domicílios coletivos, improvisados, de uso ocasional e vagos, divulgado nesta sexta-feira (6) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Leia mais

O Censo não investiga a relação do morador do domicílio coletivo com o estabelecimento. Sendo assim, um morador de uma clínica pode ser um paciente, o proprietário, um funcionário, um familiar do proprietário ou qualquer outra pessoa que por qualquer motivo resida lá.

Segundo o IBGE, a taxa de analfabetismo elevada dos moradores de asilos deve ser analisada à luz do perfil etário envelhecido dessa população.

No entanto, os moradores desses locais apresentam índices elevados de analfabetismo mesmo quando comparados à população de faixa etária semelhante. Considerando apenas as pessoas com 60 anos ou mais, a taxa de analfabetismo registrada nos asilos em 2022 foi de 30,5%, enquanto o resultado para essa faixa etária no Brasil foi de 17,2%


Taxa de analfabetismo Luce Costa/Arte R7

O levantamento classifica os domicílios coletivos como uma instituição ou estabelecimento onde a relação entre as pessoas que nele se encontravam era regida por normas de subordinação administrativa.

Além dos asilos, são exemplos de domicílios coletivos penitenciárias, hotéis, pensões, alojamentos, clínicas psiquiátricas, abrigos, orfanatos, entre outros.


Moradores de domicílios coletivos em 2022 Luce Costa/Arte R7

Por região

Os moradores de asilos ou outras instituições de longa permanência para idosos apresentaram acentuada concentração nas regiões Sul e Sudeste, que reuniam em conjunto 82,3% dos moradores desses domicílios.

Na situação oposta, a Região Norte, embora abrigasse 8,5% da população brasileira, era a residência de apenas 1,3% dos moradores de asilos e similares.


Recorte por sexo e idade

O estudo mostra que a maior parte (59,8%) das pessoas que moram em asilos é composta por mulheres. Segundo o IBGE, esse resultado alinha-se à maior expectativa de vida das mulheres e à predominância delas entre a população mais idosa em geral.

Os moradores dos asilos concentram-se nas faixas etárias mais velhas, com o grupo de idade com 80 anos ou mais representando 45,6% dos moradores e o grupo entre 70 e 79 anos representando 28,1%.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.