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Análise: violência doméstica ‘acaba repercutindo em todos os aspectos da vida’ da mulher

Pesquisa revela que, nos últimos 12 meses, cerca de 4 milhões de mulheres sofreram algum tipo de agressão ou abuso

Cidades|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A pesquisa do DataSenado revela que cerca de 4 milhões de mulheres sofreram violência doméstica no Brasil nos últimos 12 meses.
  • Marcos Ruben destaca a percepção de machismo e a falta de respeito às mulheres em diversas situações cotidianas.
  • Mulheres com menor escolaridade têm menos conhecimento sobre recursos legais de proteção, aumentando sua vulnerabilidade.
  • A violência impacta todos os aspectos da vida das mulheres, incluindo convivência social, vida profissional e familiar.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Nos últimos 12 meses, cerca de 4 milhões de mulheres sofreram algum tipo de violência ou abuso doméstico no Brasil. O dado alarmante faz parte dos resultados apresentados pela Pesquisa Nacional de Violência Contra a Mulher, conduzida pelo Instituto DataSenado em parceria com a Nexus. O levantamento entrevistou mais de 20 mil mulheres em todas as regiões do país.

Em entrevista ao Jornal da Record News de terça-feira (9), Marcos Ruben de Oliveira, coordenador do instituto, destaca que o estudo revelou uma percepção generalizada entre as mulheres brasileiras sobre o machismo. As participantes relataram desrespeito em diversos ambientes, como em vias públicas e no ambiente de trabalho.


Dados apontam que 68% das vítimas tiveram consequências significativas na convivência social Reprodução/Record News

“A violência se dá em vários níveis. A pior é aquela que leva ao feminicídio, mas também existe, além da violência física, aquela violência que chamamos de moral e psicológica, que é aquela que a mulher é difamada ou é distratada na relação íntima ou na relação social”, explica.

A pesquisa também explorou diferenças regionais entre as vítimas de agressão e constatou que as mulheres com menor nível educacional demonstraram menos conhecimento sobre recursos legais disponíveis para proteção contra a violência doméstica e familiar.


“A vulnerabilidade acaba aumentando, acaba sendo mais presente também em função do nível socioeconômico, do nível educacional que a pessoa vive”, afirma Oliveira.

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Os dados apontam que, entre as vítimas que reportaram ter sofrido agressões físicas ou psicológicas ao longo da vida, 68% tiveram consequências significativas na convivência social, 46% da vida profissional e 42% nos estudos.


“A violência acaba repercutindo em todos os aspectos da vida daquela mulher, tanto no social quanto no íntimo, no seu dia a dia, também no profissional e nos estudos. E essa violência tem outro impacto também muito sério que é na família. O que o estudo revela é que, de cada 10 agressões, de cada 10 violências domésticas e familiares contra uma mulher, 7 têm uma testemunha e, dentre essas testemunhas, 71% são crianças”, pontua.

Oliveira também alerta que outro aspecto crítico abordado pela pesquisa é a hesitação das vítimas em denunciar seus agressores às autoridades: “17% dizem que não fizeram a denúncia preocupadas com os filhos, que são justamente essas testemunhas; 14% dizem que não fizeram a denúncia por acreditar que não haverá punição; 13% por acreditar que era a última vez; e 12% por medo”.

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